domingo, 21 de novembro de 2010

Criação de galinha D’Angola





Essa interessante e bonita ave africana vem sendo criada há muitos anos por todo o Brasil. Sua criação é feita em liberdade, nas fazendas, atingindo grande desenvolvimento em certas regiões.

É também conhecida por angolinha, capote, catirê, cocá e conquém. Já foi muito criada como ave de guarda, servindo ainda para afugentar ratos e ratazanas. Tem um grito estridente, que o povo diz significar “tô fraco! tô fraco!”.

Há dois tipos ou raças de angolinhas mais criadas: a branca e a cinza com pintas brancas. Não há diferença entre elas, senão na cor, portanto, a escolha depende do gosto do criador.

Para que serve
A galinha d"Angola produz uma carne muito apreciada e, segundo muitos gourmets, o peito dessa ave, quando bem preparado, é um prato tão gostoso e fino quanto o do faisão.

Para a produção de ovos, não podem competir com as galinhas porque seus ovos, apesar de terem qualidade e gosto semelhantes, são bem menores e de menor valor de mercado. Além disso, sua postura é pequena, indo de 20 a 30 ovos antes de cada incubação.

Criação
Sua criação pode ser feita de duas maneiras: em liberdade ou em confinamento.

No primeiro caso, as aves são soltas e apenas recebem alguma ração pela manhã ou à tarde, alimentando-se quase exclusivamente de capins, insetos, vermes e outros alimentos que encontrem, não dando quase nenhuma despesa. A criação, dessa maneira, dá poucos resultados, pois as angolinhas que ainda não abandonaram alguns hábitos selvagens só fazem os ninhos “no mato”, aparecendo, muitas vezes, já acompanhadas pelos filhotes.

Uma cena muito comum nas fazendas e sítios em que são criadas, é a da família inteira ficar “vigiando”, esperando que a angolinha “cante no mato” para, em seguida, sair correndo para ver se acha o ninho. Em geral, quando o ninho é achado, já há vários ovos velhos, estragados ou chocos.

Outro tipo de criação é em confinamento, isto é, as aves são mantidas presas, em cercados e com abrigos. Os abrigos devem ser cobertos com tela, pois as angolinhas voam muito e fogem, sendo difícil tornar a prendê-las.

Incubação ou choco
Como as angolinhas são muito assustadiças, às vezes abandonam seus filhotes, não voltando mais ao local em que eles se encontram. Quando isso acontece e os filhotes são muito pequenos, todos morrem se não são encontrados a tempo. Por isso é aconselhável chocar os ovos em galinhas pois elas cuidam melhor dos pintinhos. Para um grande número de ovos, pode ser feita a incubação artificial, isto é, em chocadeiras. A incubação dura de 26 a 28 dias.

No caso dos pintinhos serem obtidos em chocadeiras, sua criação deve ser feita em criadeiras, da mesma maneira que os pintos, com calor durante 15 ou 20 dias. É preciso tomar cuidado nos primeiros dias porque os filhotes tem propensão a ficarem espalhados, longe das campânulas.

Com 25 a 30 dias já podem ser soltos em liberdade, pois assim comem insetos ou vermes. Sua alimentação é a mesma que a dos pintos e frangos.

Quando soltos, andam o dia inteiro, em busca de alimentos, bastando que lhes seja fornecida uma ração de grãos pela manhã.

Na criação em confinamento, devem ser dadas as mesmas rações que se dá para as galinhas, além de bastante verde. Com 14 semanas dão mais ou menos 1 quilo, sendo a época indicada para sua venda para o corte.

Não é aconselhável iniciar uma criação de galinhas d\'Angola, sem antes conseguir compradores, pois nem sempre é possível encontrar compradores para grandes quantidades.
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