terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cardeal



Nome Popular: Cardeal

Nome Científico: Paroaria coronata

Peso: 23g

Tamanho: 18 cm

Expectativa Vida: Aproximadamente 20 anos

Alimentação: Mistura de sementes (para curió ou bicudo), farinhada seca com insetos e farinhada úmida com ovos. Frutas e verduras: jiló, maçã, milho-verde, banana, catalonia, em pequenas quantidades para que sejam consumidas no mesmo dia.

Reprodução: Reproduz de setembro a março, pode-se utilizar a poligamia ou casais perfeitos. A fêmea está pronta para reproduzir quando começa a voar muito e fazer a ninho. Nesta época chega a cantar parecido com o macho, utilizando raízes e saco de aninhagem como material de nidificação.O macho, por sua vez, nesta mesma época canta muito e muito alto, se tornando agressivo e fogoso. A postura é de 2 a 4 ovos sendo o período de incubação de 13 dias. Os filhotes saem do ninho aos 15 dias e alimentam-se sozinhos por volta de 45 dias.

Distribuição Geográfica: Ocorrem da Argentina à Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil no Rio Grande do Sul e oeste de Mato Grosso (Pantanal).

Descrição: Cabeça anterior e garganta vermelha, topete ereto, abdômen branco, costas acinzentadas. Não há diferença externa entre macho e fêmea. Sofrem com a destruição de habitat e tráfico ilegal. Canto variado sendo uma cadência de curtos assobios sonoros destacados, como o timbre de um sabiá. Canta às vezes a meia voz. Em cativeiro imita outros pássaros como, por exemplo, os sabiás.

Tico-Tico


Tico-Tico


Ele é muito confundido com o pardal. Mas, além das diferenças de plumagem o Tico-tico traz um topete na testa, que o identifica à primeira vista.
Encontrado em todas as regiões do país, o Tico-tico não anda em bandos grandes e presta inúmeros serviços ao homem e a outros pássaros, como ao Chopim, a quem serve de ama seca.

Tão famoso como o Tico-tico, só mesmo o antigo chorinho de Zequinha de Abreu, "Tico-tico no Fubá". Este pássaro é um dos mais populares de nossa fauna, quase um símbolo; e a música, um verdadeiro patrimônio da cultura brasileira, que fala de um Tico-tico que "está comendo todo, todo o meu fubá".
De fato, esta ave gosta muito de fubá. Porém, a sua maior particularidade não é a afeição ao farelo, e sim, a mania de ciscar o chão, o terreiro, a horta. Tanto é assim que o seu nome em espanhol é "Core por Suelo". Traduzindo: aquele que anda no solo.
Além dos países latino-americanos de língua espanhola, o "Core por Suelo"está na América Central e até nos EUA, onde o chamam "sparrow". Em todos estes lugares, de idiomas tão diferentes, a Ciência o batiza com mesmo nome : Zonotrichia Capensis.
É claro que existem diferenciações físicas. Um "sparrow" não é exatamente igual a um Tico-tico do Rio Grande do Sul. Embora sejam todos da mesma espécie, nas várias regiões surgem subespécies diferentes. Um se distingue do outro por sutis alterações na coloração das penas. Mesmo dentro do território nacional são conhecidas três subespécies. O Z.C. matutina vive na região amazônica (Brasil e também Bolívia); o Z.C. tocantins também prefere a amazônia; e o Z.C. subtorquata está no Brasil inteiro, sendo o mais popular do país.
O surgimento das diferenciações de uma mesma espécie é um fenômeno explicado pelo isolamento de alguns grupos destes pássaros em determinadas regiões, separados uns dos outros por barreiras naturais. O rio Amazonas, por exemplo, constitui-se numa fronteira geográfica, intransponível para os Tico-ticos, que voam apenas distâncias curtas e não conseguem atravessá-lo. Além dos grandes rios, as cadeias de montanhas, desertos etc., contribuem para o aparecimento das subespécies.
Também a civilização é um fator de dispersão dos Tico-ticos. Eles procuram e se adaptam muito bem aos quintais de uma casinha de fazenda. Freqüentam as pequeninas cidades do interior. Por outro lado, embora freqüentem as grandes cidades, sua sobrevivência se torna mais difícil devido à poluição e a falta de grandes áreas verdes, uma vez que precisam de árvores para construir seu ninho, precisam da natureza.
Na música de Zequinha de Abreu, contudo, há um lado falso. Ao menos exagerado. O Tico-tico é incapaz de comer todo o fubá de alguém. Injustamente há quem lhe atribua uma fama de nocivo, predador.
Ao contrário, ele vive em grupos muito pequenos, e seu porte é pequeno, nunca superando os 14 cm. O alimento necessário para um bando inteiro, mal faz diferença num prato de comida. Sem contar que comem insetos, limpam a horta de larvas daninhas, enfim, são também úteis.
Prestam ainda um curioso favor a um outro passarinho, o Chopim (Molothurs bonariensis), chocando seus ovos e alimentando seus filhotes. É que o Chopim põe ovos no ninho do Tico-tico e, nesta operação, muitas vezes joga fora os ovos originais que lá estavam, acontecendo da mãe Tico-tico criar uma ninhada inteira de Chopins, até atingirem a fase adulta. Cerca de 50 % dos ninhos costumam ter ovos de Chopim.
Há pessoas que confundem o Tico-tico com o Pardal, apesar de algumas diferenças básicas. O Pardal vive em bandos imensos, gosta de cidades maiores, choca inclusive nos telhados das residências. Como marca registrada, o Tico-tico carrega um topete na teste, que suspende a toda hora, a qualquer sinal de alerta; a cabeça é branca com riscas pretas, mas o tom castanho predomina. O papo é esbranquiçado, o peito branco amarronzado e as costas, castanhas, têm listras pretas. A subespécie Subtorquata traz um risco branco na altura do peito. Nenhuma destas características existem no Pardal, que é maior, tem a cabeça castanha escura com manchas pretas, e o corpo de uma marrom acinzentado, mais escuro que o do Tico-tico.
O seu nome veio do pio: "tic...tic..."Mas o macho canta, com quatro ou cinco notas diferentes, compondo uma melodia. Enquanto a fêmea choca o canto é muito mais freqüente.

CUIDADOS PARA A CRIAÇÃO

Instalação: O ideal é um viveiro de 1 m de largura x 3m de comprimento x 2m de altura, para um casal. Serve uma gaiola com 70 cm x 30 cm x 40 cm. Manter uma banheira com água, trocada todos os dias, e areia para a ave ciscar. É bom colocar arbustos no viveiro. No mesmo cercado nunca coloque mais de uma casal.
Alimentação: Alimenta-se de grãos. Ofereça alpiste e fubá em recipientes separados. Na cria dos filhotes, acrescente ovo cozido e larvas de tenébrio (encontradas nas casas especializadas) e insetos, como drosóphilas (são atraídas para o viveiro com uma casca de banana) que o pássaro apanhará vivas. Gafanhotos (encontrados na natureza) também são apreciados.
Saúde: É resistente. Comida fresca e água limpa bastam. Não são necessárias vacinas especiais.
Procriação: A época vai de setembro a março. Não há distinção visível entre os sexos. Para isolar um casal na gaiola, observe o comportamento dos dois indivíduos que estão juntos. Se há agressividade e não ficam juntos, substitua um deles, até que se forme o casal. Providencie ninhos de corda para canário (dois ou três no viveiro e um para a gaiola) e proteja-os com ramagem artificial sintética (samambaia ou avenca), para maior segurança da fêmea. A postura é de 3 ovos em média, e a incubação dura 13 dias. Aos 15 dias os filhotes voam e aos 35 se alimentam por conta própria. Uma fêmea pode ter duas ou mais posturas em um ano.

Observação: A apanha e comercialização é proibida pela lei 5197.

Matéria baseada em entrevista com o criador Paulo Fernando Flecha, de São Paulo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chalé de codornas


Chalé para Codornas

A Revista Globo Rural nº 280 (fevereiro/2009), trouxe na seção Como Fazer, a construção passo a passo do Chalé Codorna, uma das tecnologias sociais desenvolvidas no Unicenter Mandalla. Nesse sistema as codornas são criadas soltas em piquetes, como galinhas. O resultado aves muito mais "felizes", pois não sofrem com o estresse e a agressividade do espaço limitado, o que melhora significativamente a postura e a qualidade da carne e dos ovos. Veja o passo a passo na íntegra!

Sistema de criação semi-intensivo simula ambiente natural. É barato, fácil de fazer e pode aumentar a produção de ovos em até 100%

Um dos maiores problemas observados na criação intensiva de codornas é que as aves geralmente ficam muito agressivas e estressadas por causa do espaço delimitado. A consequência é a baixa produtividade dos animais. A Agência Mandalla, em João Pessoa, criou um sistema para contornar esse obstáculo. O Chalé Codorna, como foi batizado, parte do princípio de que é possível criar essas aves como se fossem galinhas, soltas em piquetes. Ao simular um ambiente mais natural, percebeu-se que a qualidade da carne e dos ovos melhorou e, com isso, os ganhos de produção foram aumentados.

Os primeiros rabiscos e experiências com o chalé foram feitos em agosto do ano passado. De lá para cá, o sistema está em constante aperfeiçoamento. A intenção é fazer uma casa com dois terreiros e até uma área redonda, que comportará mais de 300 codornas. Por enquanto, nesse sistema podem ser criadas até 120 aves, sendo todas fêmeas para postura ou 90 fêmeas e 30 machos para a produção de matrizes. Nesse caso, porém, é necessário utilizar chocadeira de isopor. Até agora, a invenção trouxe resultados excelentes. A média de postura aumentou para 95%. Em alguns casos, para 100%.

De acordo com a Agência Mandalla, o preço médio de montagem do chalé é 200 reais e não demora mais de dois dias para ficar pronto. É fundamental fazer a limpeza periódica do lago e da cama feita de serragem, para evitar doenças. Uma dica é construir o chalé embaixo de grandes árvores, aproveitando a sombra durante os horários de sol a pino e a luz no início da manhã e fim da tarde. As codornas agradecem.

MATERIAL
• 60 tijolos do tipo baiano
• 3 caibros de madeira de dois metros cada
• 100g de pregos
• 4 telhas onduladas de 2,44m x 0,50m
• 20kg de cimento
• 6 tapetes de grama
• 12m de tela de pinteiro
• 4m de tela de plástico
• 5 telhas de cerâmica
• 1 metro de cano ou mangueira
• 2kg de serragem com espessura de 10 centímetros
• 2kg de cal
• fio elétrico (o tamanho depende da distância da fonte 4 de energia)
• 1 lâmpada incandescente de 100 watts com bocal
• 3 latas de leite em pó
• 3 bacias pequenas
• 8 colunas de cimento armado de 70 centímetros de comprimento cada
• cola branca

PASSO A PASSO

1>>> Cimente os tijolos no solo, formando um retângulo de três metros de comprimento por dois metros de largura

2>>> Fixe as colunas de cimento nos quatro cantos do retângulo. Além dessas, coloque mais duas em cada lado maior da estrutura, a uma distância de um metro uma da outra

3>>> Corte as telhas onduladas pela metade, formando quatro pedaços de 1,22 metro de comprimento por 50 centímetros de largura. Coloque-as sobre quatro colunas de cimento e, em forma de um V invertido, fixe-as na parte superior às telhas de cerâmica

4>>> Do lado oposto ao telhado, construa o lago para as codornas. Faça-o com 1,60 metro de comprimento e 60 centímetros de largura, deixando uma borda de 15 a 20 centímetros nas laterais. Cave um buraco no solo de cinco centímetros na parte mais rasa até chegar a 20 centímetros de profundidade. Cubra o fundo com uma camada fina de cimento e cola branca para impermeabilizar. Coloque peixes nesse tanque para evitar a proliferação de larvas de mosquitos. Recomenda-se também a utilização de aguapés, que servem tanto de alimento para as codornas quanto para a oxigenação da água

5>>> Cubra as laterais da casa e todo o entorno do chalé com a tela de pinteiro. Estique-a partindo das colunas das extremidades, sempre acima dos tijolos da base, até o topo de cada coluna. Construa com os caibros uma porta de 60 centímetros de largura por 80 centímetros de altura para ser colocada em uma das laterais, facilitando assim a retirada de ovos e a limpeza do chalé

6>>> Revista o terreiro com os tapetes de grama. Deixe um espaço de terra de 20 centímetros de largura entre o lago e a grama. Antes de colocar os tapetes, forre o chão com uma camada de folhas secas, outra de barro e uma de areia. Molhe bem

7>>> Cubra o terreiro com a tela de plástico. Para dar suporte a ela, finque uma estaca de madeira bem ao centro

8>>> Coloque o cano ou a mangueira próximo do lago. Ele serve de válvula de escape quando há necessidade de fazer a limpeza do lago ou controlar o nível de água. Deixe-o tampado

9>>> Faça uma camada de dez centímetros de serragem e forre o chão da casa das codornas. Esse material é ideal para dar conforto térmico ao ambiente e facilitar a retirada dos ovos. Além disso, a serragem pode ser utilizada como matéria orgânica na compostagem

10>>> Fixe a lâmpada no teto da casinha. Encape a fiação para evitar choques elétricos

11>>> Recorte o fundo das três latas de leite em pó e faça pequenos furos na parte que ficará para baixo. Coloque cada lata em uma bacia e a ração que será dada às aves dentro das latas. A medida em que os animais vão comendo, o nível de alimento vai diminuindo. Ponha os comedouros dentro da casa


Fonte: Revista Globo Rural nº 280 (Fevereiro/2009)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O avestruz


O avestruz (struthio camelus) é a maior ave do planeta e tem como habitat natural as regiões leste e sul da África.
Pertencentes ao grupo das “ratitas” (do latim, ratis = jangada), são aves corredoras (atingem até 60 km/h), incapazes de voar, pois não possuem quilha sobre o esterno nem musculatura peitoral adequada para o vôo. Suas plumas também não possuem a típica estrutura interligada de penas de aves voadoras.
É uma ave de planície e prados abertos áridos e semi-áridos, mas se adapta a uma grande variedade de climas - desde os invernos chuvosos e a neve na região do Cabo, até as condições extremamente quentes dos verões no deserto africano.
Possuem longas pernas, pés com dois dedos e, apenas um dedo com unha. Seus músculos mais importantes são os das pernas.
Como em todas aves, o esôfago do avestruz está localizado no lado direito do pescoço, não possuem papo e sim um proventrículo grande e distensível, onde a água e o alimento volumoso são estocados e misturados com as excreções glandulares e um ventrículo (moela).
Possuem dois cecos e intestinos longos, que promovem a digestão bacteriana, e sua temperatura corpórea permanece entre 37,8o.C – 39o.C.
Os avestruzes são estritamente bipodais (não podem se apoiar ou pular com uma perna, nem podem pular com as duas simultaneamente), atingem quando adultos a altura de 2,00m à 2,70m e pesam entre 150kg à 160kg.
Possuem dimorfismo sexual marcante que aparece a partir dos 18 meses de idade: os machos são pretos com a ponta das asas brancas e as fêmeas são cinza, não importando a raça.
A vida reprodutiva das fêmeas tem início aos 24 meses e a dos machos a partir dos 30 meses, durando aproximadamente 40 anos.
São aves de vida longa, aproximadamente 70 anos.
A estação reprodutiva dura em média 6 a 7 meses, sendo que no Brasil este período ocorre entre os meses de agosto a fevereiro.
Geralmente a ave coloca um ovo a cada 48 horas (há alguns dias de intervalo e recomeça a postura). O período de incubação é de 42 dias, em média uma boa fêmea bota de 50 a 60 ovos por ano, algumas ultrapassam essa marca.

Raças

Existem atualmente três subespécies de avestruzes:
Blue Neck (pescoço azul) - habita o Nordeste africano, é a subespécie mais corpulenta, apresentando pele de um tom cinzento azulado.
Red Neck (pescoço vermelho) - habita o Quênia e parte da Tanzânia, é uma ave de corpo corpulento e apresenta a pele de um tom vermelho.
African Black - é um híbrido resultado do cruzamento entre subespécie da África do Sul e as subespécies do Nordeste da África, sendo normalmente a mais baixa de todas as subespécies. Possui como característica principal a qualidade de suas penas, superior em relação às outras subespécies.
Obs: Não existe uma subespécie que produza mais filhotes, ou que, seja mais dócil que a outra. O que existe são animais dentro de uma subespécie que se destacam na produtividade, e ganho de peso. Por isso o futuro criador deve adquirir seus reprodutores de uma fonte confiável e que possua um rígido controle genético e de aperfeiçoamento.

Classificação

Filo : Chordata
Classe : Aves
Ordem : Struthioniformes
Subordem : Struthiones
Família : Struthionidae
Gênero : Struthio
Espécie : Struthio camelus

A família Struthionidae apresenta um único gênero e uma espécie. Existem quatro subespécies selvagens de avestruz, cuja classificação é feita de acordo com o tamanho, plumagem, porosidade da casca dos ovos e outras diferentes características externas. As subespécies de avestruzes encontradas hoje são:

- Struthio camelus camelus Linneu
Avestruz da África do Norte, conhecido como “avestruz Mali”. Encontrado ao longo do continente africano, desde a Mauritânia até a Etiópia. São mais altos, com patas mais largas, apresentando o pescoço avermelhado, plumagem ondulada e de maior densidade, e na cabeça uma região nua. Os ovos são maiores e mais lisos que os das espécies da África do Sul.

- Struthio camelus massaicus Naumann

Avestruz da África Oriental, conhecido como “avestruz Masai”. Encontrado principalmente na Tanzânia e Quênia. São ligeiramente maiores que os da África do Sul e possuem pescoço rosado, que se torna vermelho na época de reprodução.

- Struthio camelus molybdophanes Reichenow

Encontrado na Somália, Etiópia e Quênia, conhecido como “avestruz da Somália”. Menores que os da África do Sul, possuem uma região nua e córnea na cabeça. O pescoço e as pernas apresentam coloração cinza-azulada.

- Struthio camelus australis Gurney
Avestruz da África do Sul, encontrado ao sul dos Rios Zambezi e Cunane. Apresentam o pescoço cinza-azulado e uma espécie de penugem na cabeça.

A subespécie Struthio camelus syriacus Rothschild , avestruz do Oriente Médio, foi extinta entre 1940 e 1970.

Fonte:http://www.rancho4s.com/oavestruz.php

Criação de Ganso


INÍCIO

Há várias criações de diferentes raças de gansos, o que amplia o leque de escolha de exemplares para iniciar a atividade. Porém, é importante ter referências do vendedor. Pode-se começar com apenas um casal, mas antes da compra leve em consideração se o objetivo é desenvolver os animais para ornamentação, produção de carne, ovos ou extração das penas.

AMBIENTE

Não há exigências para o local de criação de gansos. Eles vivem bem sob diferentes climas e em espaços pequenos e simples. No entanto, recomenda-se uma área com proteção contra sol e chuva, para o conforto dos animais, e outra de pasto e água, para alimentação e banho, respectivamente.

ESTRUTURA

O viveiro para criação de raça pura não precisa ser sofisticado. Monte um cercado de tela de arame, com 3 metros por 4 metros e 1,5 metro de altura. Dentro dele, construa um abrigo de 1,5 metro quadrado e cubra com telha de barro. Também disponibilize um ninho, que pode ser feito com sobras de madeira. Uma opção prática é aproveitar pneus velhos.

CUIDADOS

Como as gansas de raça pura não possuem instinto materno, é necessário cuidar dos ovos. Guarde-os inclinados e com a parte pontuda para baixo em lugar seco e com temperatura de 22 graus. Diariamente, incline cada um para o lado oposto para que a gema não grude na casca. Após dez dias, inicia-se a fase da choca. Amas, como galinha, pata ou perua, e chocadeiras elétricas são opções que dão bons resultados.
BANHO - Aves aquáticas, os gansos gostam de se banhar desde filhotes. Mas os gansinhos só devem entrar na água depois de completar 40 dias e contar com penas em 80% do corpo. Uma área, de 1 metro quadrado e com 20 centímetros ou mais de profundidade, é o bastante para a diversão das aves. A boa fertilidade dos ovos também é atribuída ao acasalamento na água.
ALIMENTAÇÃO - Os gansos são herbívoros. Pastam capim, comem folhas verdes, legumes, frutas, grãos e batata. Também se alimentam de casca de mamão, além de ervas, caracóis e minhocas que se encontram no solo. Gostam de pão amanhecido e devem receber ração de acordo com a faixa de idade.
REPRODUÇÃO - A partir dos oito meses e até os oitos anos de vida, os gansos estão aptos a procriar. Em geral, no primeiro ano, botam de 20 a 30 ovos, quantidade que pode se elevar no ano seguinte. O período de reprodução se concentra nos meses entre julho e dezembro, com postura de um ovo a cada dois dias por ave.

CUSTO INICIAL
Filhotes custam a partir de 40 reais

CRIAÇÃO MÍNIMA
Um casal

INVESTIMENTO INICIAL
80 reais a dupla de aves e mais 20 a 30 reais a ração para o primeiro mês

RETORNO
De oito meses a um ano

REPRODUÇÃO
Em média, 20 ovos no primeiro ano divididos em duas posturas, que ocorrem entre julho e dezembro

Fonte:http://revistagloborural.globo.com

Hobby lucrativo para o Sítio


Criadores de gansos, pavões, faisões e outras aves entraram na atividade por prazer e hoje têm boa renda

O sítio de lazer da família de Maria Virgínia Franco, em Parelheiros, no extremo da zona sul de São Paulo (SP), deixou de ser apenas para férias e fins de semana. Há cerca de 20 anos, Virgínia decidiu tirar algum rendimento da propriedade, "nem que fosse apenas para sustentá-la". Como a área é pequena, menos de 5 hectares, optou pela criação de aves ornamentais. "Já tinha certa empatia com aves em geral, tanto que criava algumas espécies, mas eram apenas para enfeitar o local", conta. Hoje, o sítio é economicamente viável e ainda sobra alguma renda para outros pequenos investimentos, como melhoria na infra-estrutura e nas instalações.

Assim como Virgínia, é desta maneira que grande parte dos criadores de aves ornamentais domésticas começa seu negócio. São vários os atrativos. Esse tipo de criação, por exemplo, não requer muito espaço, nem grande investimento inicial. "Em uma pequena área é possível obter uma renda razoável para a manutenção da propriedade", diz o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Aves, João Germano de Almeida.

QUANTIDADE MÍNIMA

Mas há um número mínimo de aves indicado para iniciar uma criação comercialmente viável. "No caso do ganso, são necessárias pelo menos cinco famílias. Cada família deve ter três fêmeas e um macho", explica Germano. Uma gansa bota 40 ovos por ano e cada filhote é vendido, em média, por R$ 20 a R$ 30. Para galinha d'angola, o ideal é de 5 a 10 famílias (duas fêmeas para cada macho). Os filhotes, de 30 dias, podem ser vendidos por R$ 5 a R$ 10. Já a ave adulta, com 5 meses, custa até R$ 30.

O pavão é outra opção. É mais caro, mas exige menos cuidados no manejo. "Pode até ser criado solto, desde que não haja predadores por perto", diz Germano. O problema é a reprodução. "São duas posturas por ano, de 15 ovos cada, e nem todos eclodem." Mas um macho adulto, de 2 anos, custa R$ 120 e, a fêmea, R$ 150. O ideal são duas fêmeas para cada macho.

Para quem trabalha com criação de raças puras, o retorno pode ser ainda melhor. Mas os cuidados são redobrados. "Na época da reprodução, as aves não podem ficar soltas, precisam ser confinadas, para evitar cruzamentos indesejados", diz Maria Virgínia, que começou a sua criação de aves puras quase por acaso. "Um amigo achava nossas aves bonitas e as levou para uma exposição. Uma delas ganhou um prêmio. Comecei a estudar, a criar outras raças, e a criação comercial foi uma conseqüência", conta. "Há um momento em que você se vê com um plantel enorme e precisa dar o próximo passo."

Segundo Virgínia, a comercialização não é problema. A demanda por aves ornamentais, conforme a criadora, é maior do que a oferta. O leque de opções é muito grande, vai de colecionadores de aves, sitiantes que querem ornamentar a propriedade, até os mais recentes clientes, os petshops. "Virou moda ter aves neste tipo de loja."

SIMPLICIDADE

O plantel de Virgínia hoje é de aproximadamente 200 aves, entre várias raças de galinhas, gansos, marrecos, pavões e patos, e ocupa apenas parte da propriedade. Para tornar a criação comercial, foi preciso investir em infra-estrutura, principalmente em instalações. Apesar de resistentes, a maioria das aves é sensível ao tempo e precisa de proteção contra o vento e a chuva. "Mas a vantagem é que não é necessário nada sofisticado, pelo contrário, quanto mais simples e mais próximo do hábitat natural, melhor é a produção", ensina a criadora.

A renda com a comercialização, garante ela, tornou a propriedade auto-sustentável. "E ainda conseguimos ter um pouco de lucro", diz. "Mas é preciso ter critérios para manter uma boa criação, fazer o manejo correto para dar produtividade, senão não dá retorno." Segundo Virgínia, hoje os gansos são os mais lucrativos, não pelo preço, mas pela maior demanda. Ela vende o casal adulto do ganso chinês branco, o sinaleiro, por R$ 180. Outra raça, a toulouse, chega a custar R$ 350 o casal adulto. "O toulouse e o pavão são as aves mais caras que crio."

HOBBY


O criador Edwar Ponte, de Magé (RJ), está no ramo há seis anos, mas tem sua criação como um hobby, apesar de ser a renda com as aves que sustenta a propriedade. "Escolhi as aves ornamentais porque já tinha alguma afinidade", diz. Ponte acredita que é uma boa opção para quem quer obter renda de pequenas propriedades.

Mas, alerta, é preciso tomar alguns cuidados. "Quem está entrando no negócio agora deve começar com aves mais baratas e de fácil manejo, como o faisão dourado e o coleira, para não correr o risco de investir muito e não se adaptar", aconselha. "Aprendendo o manejo, aí pode partir para as aves mais caras." Ele acrescenta também que as aves silvestres precisam de licença do Ibama e não são indicadas para quem está começando. Investindo em aves mais caras, o criador diz que a renda do sítio, hoje, dá para sustentar a propriedade e manter dez empregados. "Tenho um lazer remunerado", diz.

Mercado é certo e está em ascensão

Permissão de importação de aves expandiu e renovou qualidade do plantel

O presidente da Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos (Abrase), Luiz Paulo Amaral, diz que o mercado nacional para aves ornamentais vem crescendo aceleradamente desde 1994, quando a importação de novas espécies deu grande incentivo à criação, além de ter trazido sangue novo às criações já existentes, um fator importante para variar o plantel genético e apurar os padrões raciais.

Segundo ele, também houve incremento considerável no número de lojas voltadas à venda de animais, tanto ornamentais quanto domésticos. Atualmente, considerando só as metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo, calcula-se que haja 8 mil estabelecimentos ligados a esse tipo de comércio.

GRANDE DEMANDA

Outro ponto importante foi a divulgação de novas legislações sobre animais silvestres e exóticos. Com isso, o mercado para animais ornamentais domésticos, oriundos de importações ou criatórios, teve grande progresso.

"A demanda ainda supera a procura, o que estimula e dá bons lucros ao empreendedor", diz. "Calculamos, porém, que a produção em cativeiro desses animais ainda não ultrapasse 10 mil exemplares, número irrisório diante do potencial da atividade."

A demanda, acrescenta Amaral, é basicamente de empresas de comercialização e pessoas físicas consumidoras. Por isso, diz, a escolha do plantel é muito importante. "Deve-se dar ênfase aos animais de maior penetração comercial, como faisão, pavão, marrecos e gansos."

APOSTA

A criação de aves ornamentais é a nova aposta de José Carlos Martins Gaspar, de São Bernardo do Campo (SP). O sítio, que antes era de lazer, transformou-se inicialmente em um grande canil. "Por enquanto, minha renda é exclusivamente da criação de cães e gatos."

Há alguns anos, Gaspar resolveu ampliar o número de opções. Comprou uma nova propriedade, na mesma região, e passou a investir em aves ornamentais domésticas, de raças puras. No novo sítio, de 8 hectares, tem 20 raças de galinhas. A waiandote prata laceada é a mais nova no plantel. "As galináceas são o forte do meu negócio, mas também tenho faisão, pavão e algumas espécies aquáticas", diz ele.

O mais caro - e o que chama mais atenção - é o belo cisne branco. O casal, adulto, custa de R$ 5 mil a R$ 6 mil. Além de caros, porém, não são garantia de retorno imediato, pois a reprodução é difícil. O cisne é monogâmico. "Já tenho esse casal há dois anos e ainda não reproduziu. Há vários fatores que interferem, incluindo a empatia entre macho e fêmea." O cisne negro, igualmente belo, é uma opção mais viável. É mais barato, cerca de R$ 1.500 o casal, e se reproduz mais facilmente.

CUSTO E REPRODUÇÃO

Há outras belas aves aquáticas, como as tadornas e espécies exóticas de ganso, como o canadense, que tem o pescoço negro, e o havaí. Mas também não são fáceis de reproduzir e, por isso, têm um valor agregado maior.

A tadorna tricolor chega a custar R$ 2 mil o casal adulto. "No geral, o custo da ave está relacionado com a facilidade ou a dificuldade da reprodução", explica Gaspar. Entre os galináceos, a ave mais cara, diz o criador, é o cochim gigante frisado, que custa R$ 200 o casal.

Já as mais baratas são as miniaturas em geral, que custam R$ 50, em média. "O interessante é que o custo para criação não é alto. Basicamente, ração de milho complementada com verde", explica. "O maior investimento é com as instalações, essenciais para a proteção das aves, e com a compra das matrizes."

FONTE:http://www.sebrae-sc.com.br

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Patos - Manual de orientação para criação e engorda




MANUSEIO

Os patinhos de um dia, estão sujeitos à alguns cuidados especiais depois de uma longa viagem, pois não passam de recém nascidos.

Apesar de muito resistentes e espertos, devem receber água com açúcar logo que postos sob a campânula. Caso não se dirijam aos bebedouros imediatamente, pegar alguns com a mão e molhar o bico, que logo todos farão o mesmo.

A temperatura da campânula deve ser de 32º Centígrados na primeira semana, passando à 25º C. na segunda semana. Nos locais de clima tropical não há necessidade de aquecedor alem dos quatorze dias.

ATENÇÃO:

1- Nunca segure os patinhos pelas patas ou asas, faça-o somente pelo pescoço ou pelo corpo.

2- Nunca deixe os patinhos entrarem na água antes de vinte e um dias.

ALIMENTAÇÃO

É o fator mais importante para quem deseje criar patos para engorda e abate. Nossa experiência com esta espécie, depois de experimentar diversas composições e fórmulas, nos ensinou que para haver um bom desempenho na criação, é necessário uma boa ração, que na falta de alternativa poderá ser a ração inicial de pintinhos, de preferência peletizada (com peletes tipo ração de codornas) ou triturada, evitando-se as rações muito finas, isto até os primeiros quatorze dias. A partir dai e até os trinta e cinco dias ou quinta semana, poderá ser administrada a ração comercial de crescimento peletizada, e dos trinta e cinco até o abate, a ração de engorda, também peletizada.

Se for possível conseguir ração especial ( só se consegue para grandes quantidades), siga a formulação que segue junto a embalagem dos patinhos de um dia. Caso não seja possível formular, entre em contato com um fabricante e solicite ração sem antibióticos, hormônios ou qualquer outro medicamento.

A ração não deve faltar nos comedouros, que podem ser de calha ou cilíndricos como os de frango de corte. À cada novo lote limpar bem os comedouros antes de botar ração limpa. No caso de abate, retirar a ração 8 horas antes, para que estejam com o aparelho digestivo vazio.

Os bebedouros devem ser do tipo automático ou calha com água corrente, numa altura que não permita ao patinho se banhar, devendo estar distante no máximo 3 metros dos comedouros, e de preferência junto à uma das laterais do galpão. Sob a linha de bebedouros, deve haver uma calha com ralo, para onde a água deva escorrer, deixando o piso seco.

O consumo de ração nas primeiras semanas é muito pequeno aumentando rapidamente da quinta semana em diante, podendo-se calcular a taxa de conversão com uma boa ração para o abate em 45 a 50 dias entre 2,4 e 2,5 quilos de ração por quilo de peso vivo, sendo que nesta idade, tanto machos como fêmeas atingem cerca de 3,3 kg. com diferença de 5% a favor dos machos. Caso o abate seja postergado para 70 dias, os patos podem ultrapassar os 4Kg. de peso vivo, porém com uma taxa de conversão menos eficiente. Usa-se esta modalidade para quando se deseja obter peitos de pato mais pesados.
Com uma boa ração temos conseguido exemplares de 4,5kg de peso vivo, aos 60 dias.


ESPAÇO

Outro fator de suma importância na criação é o espaço requerido pelos patos de Pequim, que como regra geral até a segunda semana, pode ser o dobro do necessário para pintinhos.
Dai em diante as necessidades mudam, e podemos resumi-las na tabela abaixo.



DIAS QUANTIDADE/m2

Até 7 dias 40 "
Até 14 dias 15 "
Até 21 dias 10 "
Até 28 dias 6 "
Até 35 dias 5 "
Até 49 dias 4 "
De 49 em diante 3 "

Um modelo bom para criação em nosso clima será o de um galpão com 10 metros de largura, e comprimento variando de 30 a 200 metros de acordo com a quantidade de aves que se deseje criar. O pé direito deve ser de no mínimo 3 metros nas regiões menos quentes e quatro metros nas regiões de clima quente. Nestas deve ser construído um lanternim na cumeeira para exaustão do ar quente. A posição do galpão em relação à incidência de raios solares também deve ser observada, de modo a possibilitar as aves sempre um local de sombra para se abrigarem pois uma exposição prolongada pode causar sua morte.

O galpão poderá ter a lateral toda telada ou não, dependendo da região, pois se não houver predadores ou ladrões, basta uma parede de 70 centímetros de altura para impedir a sua fuga. Também as divisórias entre lotes, podem ter apenas 50 centímetros de altura, pois será o suficiente para detê-los facilitando ao tratador o acesso.

O bebedouro em calha ou linha de bebedouros automáticos, deverá ficar junto a uma das paredes laterais, a uma altura do chão que não permita a entrada da ave, sendo a linha de comedores paralela a ela, numa distância que pode variar entre 2 e 3 metros.

O piso do galpão deve ser pavimentado, com caimento para o lado do bebedouro de cerca de 5% de modo a facilitar a limpeza e o escoamento da água.

As telhas podem ser de fibrocimento, recomendando-se nas regiões mais quentes as telhas de cerâmica, por isolarem um pouco mais o calor.

O PATO ORGÂNICO

Em 2002 iniciamos a criação do pato caipira ou orgânico, com excelentes resultados. É que a partir da segunda semana, quando não precisam mais calor artificial, são colocados em grande cercados nas áreas de capoeira, alimentando-se parcialmente de capim e outros vegetais, complementando-se a alimentação com uma ração especialmente formulada por nós, ração esta sem qualquer antibiótico, hormônio ou medicamento, e sem o stress inevitável do confinamento, produzindo um pato muito saboroso e mais saudável, e com características mais naturais. Este pato entretanto, diante de um custo mais elevado, só é produzido sob encomenda.


DOENÇAS

Iniciamos nossa criação em 1989, e até o presente não observamos em nosso criatório nenhuma doença contagiosa nos milhões de patos que já produzimos. Isto não significa que os patos não estejam sujeitos a doenças. No entanto cuidados na higiene e nas acomodações são necessários tais como, limpeza sistemática de comedores e bebedores a cada troca de lote, ventilação dos galpões, cama seca feita de cepilho, palha de arroz, capim seco picado, sabugo de milho triturado, ou qualquer outro material absorvente para manter o piso sem umidade, que por incrível que pareça é um dos principais fatores de mortalidade. Isso evitará que tenham reumatismo nas pernas, fato observado em literatura especializada, causando arqueamento das pernas e atrasando o crescimento.

Algumas vezes em casos isolados surgem problema nos olhos, que aparecem lacrimejando e meio fechados podendo causar cegueira e morte por inanição.. Deve-se isolar o indivíduo, aplicando-se em seguida sobre a vista, uma solução de água com sal à 5%. Normalmente a mortalidade até o abate aos 49 dias não chega aos 5%.

Para qualquer outro sintoma ou indícios de doença não identificada, sugerimos contato com um veterinário mais próximo que facilmente resolvera o problema, pois estes patinhos são criados a mais de um milênio, sendo poucos os problemas não solucionáveis.

FONTE:http://www.patoseloverde.com.br

domingo, 21 de novembro de 2010

Criação de galinha D’Angola





Essa interessante e bonita ave africana vem sendo criada há muitos anos por todo o Brasil. Sua criação é feita em liberdade, nas fazendas, atingindo grande desenvolvimento em certas regiões.

É também conhecida por angolinha, capote, catirê, cocá e conquém. Já foi muito criada como ave de guarda, servindo ainda para afugentar ratos e ratazanas. Tem um grito estridente, que o povo diz significar “tô fraco! tô fraco!”.

Há dois tipos ou raças de angolinhas mais criadas: a branca e a cinza com pintas brancas. Não há diferença entre elas, senão na cor, portanto, a escolha depende do gosto do criador.

Para que serve
A galinha d"Angola produz uma carne muito apreciada e, segundo muitos gourmets, o peito dessa ave, quando bem preparado, é um prato tão gostoso e fino quanto o do faisão.

Para a produção de ovos, não podem competir com as galinhas porque seus ovos, apesar de terem qualidade e gosto semelhantes, são bem menores e de menor valor de mercado. Além disso, sua postura é pequena, indo de 20 a 30 ovos antes de cada incubação.

Criação
Sua criação pode ser feita de duas maneiras: em liberdade ou em confinamento.

No primeiro caso, as aves são soltas e apenas recebem alguma ração pela manhã ou à tarde, alimentando-se quase exclusivamente de capins, insetos, vermes e outros alimentos que encontrem, não dando quase nenhuma despesa. A criação, dessa maneira, dá poucos resultados, pois as angolinhas que ainda não abandonaram alguns hábitos selvagens só fazem os ninhos “no mato”, aparecendo, muitas vezes, já acompanhadas pelos filhotes.

Uma cena muito comum nas fazendas e sítios em que são criadas, é a da família inteira ficar “vigiando”, esperando que a angolinha “cante no mato” para, em seguida, sair correndo para ver se acha o ninho. Em geral, quando o ninho é achado, já há vários ovos velhos, estragados ou chocos.

Outro tipo de criação é em confinamento, isto é, as aves são mantidas presas, em cercados e com abrigos. Os abrigos devem ser cobertos com tela, pois as angolinhas voam muito e fogem, sendo difícil tornar a prendê-las.

Incubação ou choco
Como as angolinhas são muito assustadiças, às vezes abandonam seus filhotes, não voltando mais ao local em que eles se encontram. Quando isso acontece e os filhotes são muito pequenos, todos morrem se não são encontrados a tempo. Por isso é aconselhável chocar os ovos em galinhas pois elas cuidam melhor dos pintinhos. Para um grande número de ovos, pode ser feita a incubação artificial, isto é, em chocadeiras. A incubação dura de 26 a 28 dias.

No caso dos pintinhos serem obtidos em chocadeiras, sua criação deve ser feita em criadeiras, da mesma maneira que os pintos, com calor durante 15 ou 20 dias. É preciso tomar cuidado nos primeiros dias porque os filhotes tem propensão a ficarem espalhados, longe das campânulas.

Com 25 a 30 dias já podem ser soltos em liberdade, pois assim comem insetos ou vermes. Sua alimentação é a mesma que a dos pintos e frangos.

Quando soltos, andam o dia inteiro, em busca de alimentos, bastando que lhes seja fornecida uma ração de grãos pela manhã.

Na criação em confinamento, devem ser dadas as mesmas rações que se dá para as galinhas, além de bastante verde. Com 14 semanas dão mais ou menos 1 quilo, sendo a época indicada para sua venda para o corte.

Não é aconselhável iniciar uma criação de galinhas d\'Angola, sem antes conseguir compradores, pois nem sempre é possível encontrar compradores para grandes quantidades.
http://www.ruralnews.com.br/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Faisão


O Faisão é uma ave de plumagem extremamente colorida e de beleza impressionante. Faz parte da numerosa família Phasianidae, a mesma dos Perus, Pavões e Galinhas.

Criar faisões é um grande prazer. Apreciar sua beleza é algo realmente encantador. Eles não são aves de estimação para serem afagados. Apesar de conviverem com o homem há cerca de mil anos, preservam o instinto selvagem.

Esta ave tem uma alimentação diversificada, variando de frutos secos e carnudos até rebentos insetos e vermes.

Muito exóticos, os faisões dão um show com suas formas elegantes. Porém, a beleza é um privilégio dos machos. Bonitos durante todo o ano ficam ainda mais atraentes na época do acasalamento. Suas cores se intensificam de setembro a fevereiro.

Fazem verdadeiras exibições às fêmeas no jogo da conquista. Abrem suas asas e imensas caudas, inflam o peito e até as barbelas. Um ritual que vale ser assistido.

Já as fêmeas são discretas. As suas cores, em geral, se confundem com as do solo, onde fazem o ninho. Tal camuflagem natural dificulta sua visualização pelos predadores enquanto chocam os ovos.

A postura varia de 6 a 25 ovos por ano dependendo da variedade, e a eclosão destes ovos acontece de 21 a 28 dias.

Os faisões podem ser criados em viveiro ou soltos no jardim. Todas as espécies se dão bem no nosso clima, do norte ao sul do país. Resistente, não necessitam de grandes cuidados. É preciso apenas que a comida fique em local coberto, abrigada da chuva; além do corte das penas de uma das asas e um muro de cerca de um metro e meio para ele não fugir pulando. A expectativa de vida é de 12 a 13 anos.

A alimentação deve ser de boa qualidade. Na natureza, o faisão alimenta-se de frutas, raízes, insetos, folhagens e verduras. Na criação pode comer diariamente ração industrializada para galinhas.

O viveiro deve ser espaçoso para evitar que o faisão se estresse e fique sujeito a doenças.

A faisoa não choca em viveiro. Normalmente as que ficam soltas chocam. É preciso recolher os ovos diariamente e guardá-los em local fresco, no máximo por sete dias, com a ponta para baixo, virando-os todos os dias.No caso de usar a galinha para chocar, é preferível que continue criando os filhotes até emplumarem as costas. Devem ficar em local seco, de onde não escapem, para não tomarem chuva ou vento. Com cerca de 15 a 20 dias já podem ser separados. O faisão filhote não tem a mesma resistência do adulto. Por isso, o local onde ficam os filhotes deve ser desinfetado semanalmente.


Origem e História

Originários da Ásia, os faisões foram introduzidos na Europa na Idade Média. Hoje, são mais de 40 variedades de faisões. Eles acabaram por se adaptar a climas e ambientes diversos e adquiriram assim grande rusticidade. Além de usados para o esporte tradicional da caça, sua carne nobre era apreciada em mesas sofisticadas.

sábado, 13 de novembro de 2010

Doenças e problemas de nossos galos e galinhas




AFTA OU PLACA SIMPLES - Pequenas placas que se formam perto da língua e garganta dos galos e que são curáveis com Baytril 5%, na dosagem de 0,5 ml durante 10 dias intercalados ou Albicon (humano). Lavar com Permenganato de Potássio na medida de 1 x 10. Também poderá ser feito um tratamento com Fornegin spray de 3 em 3 horas, Cotonax ½ comprimido durante 20 dias, e Pentacilin 2 dias - 1 dose.

ANOREXIA - Falta de apetite e emagrecimento causado por doenças ou verminoses. Podemos superar esse problema com o fornecimento à ave de Potenay B12 ou Vitagold Potenciado.

APANTOTENOSE - Doença causada pela deficiência de vitamina B3. Os sintomas são lesões de pele, pálpebras, cantos dos bicos, pernas e pés. Problemas que também poderão ser resolvidos com o fornecimento de Potenay B12 ou Vitagold potenciado.

ARISTIN OU SARNA PODAL OU CASCÃO - Crostas que se formam nas pernas. Como tratamento lavamos as partes afetadas com sabão grosso e escova dura, para remover parte da crosta. E besuntamos com uma mistura de vaselina e querosene, até acabar o problema. Acarsan loção humana. Óleo queimado.

ARRIBOFLAVINOSE - Doença causada por deficiência de vitamina B2. Os sintomas são dedos torcidos, neuromalácia e crescimento fraco. Problema que também poderá ser resolvido com Potenay B12 ou Vitagold potenciado.

ASPERGILOSE - Causa problemas no sistema respiratório dos pintos apresentando ruídos na traquéia, respiração acelerada e difícil, olhos inflamados, sede, asas caídas, febre, sonolência, fraqueza, falta de apetite, perda de peso. Não existe tratamento. Pode-se tentar a Bisolvomycina injetável, que é um excelente antibiótico.

BOQUEIRA - Calosidade formada na junção dos bicos. O tratamento é limpar o local e pincelar com Iodo Metalóide(25g de iodo para 100ml de álcool) diariamente até a cura. Rifocina spray.

BOUBA OU EPITELIOMA CONTAGIOSO - Aparecimento de caroços que se espalham pela cabeça e às vezes pelo corpo da ave. Há diversos tratamentos: aplicar Terramicina LA e pincelar os caroços com uma pomada de banha e sal, vaselina fenicada a 2% ou solução de glicerina iodada, ou mesmo cauterizar os caroços com ferro em brasa.
Oferecer diariamente pela manhã, 6 grãos de pimenta do reino, até que os caroços da bouba sequem e caiam. Tempero pronto(alho e sal). Pimenta moída na ração. Poupa de tomate com sal. Porém a melhor maneira de ficarmos livres desses problemas é vacinar as aves.

BRONQUITE INFECCIOSA OU LARINGOTRAQUEÍTE - Doença respiratória que ataca pintos até 2 meses. Apresenta tosse, ronco, corrimento nasal, dificuldade de respirar, olhos lacrimejantes, rosto inchado. O tratamento consiste na aplicação de antibióticos como Bisolvomycina, Terramicina LA, Ampitec e a complementação com vitamina A para uma recuperação mais rápida. Pentabiótico reforçado. Ampicilina sódica. Aminofilina.

CABEÇA ABERTA - Consiste na fragilidade do couro que protege a cabeça da ave na parte superior. A solução está em uma cirurgia na qual fazemos um corte e retiramos totalmente a pele fragilizada. Em seguida fazemos o descolamento parcial da pela na região ao redor de onde fizemos a retirada, unimos cuidadosamente fechando a abertura e ponteamos cuidadosamente. Medicamos com medicamentos cicatrizantes e é só esperar que a natureza encarrega-se do resto.

CALOS - São o resultado do contato constante com o piso duro. Em alguns casos a aplicação de sebo quente resolve. Entretanto, na maioria dos casos, é necessário se fazer uma cirurgia para estirpar o calo. Corta-se em cruz, retira-se o calo e desinfeta-se com éter, iodo ou cauteriza-se. É muito importante que a ave com calos seja colocada em gaiola sem poleiro e com piso de areia macia.

CARUARA OU GOTA - Doença que ataca a articulação do joelho dos galos, principalmente, os mais velhos. Começa com uma pequena película na articulação e se não for cuidado no início torna-se grossa e inutiliza o galo.
O primeiro passo é mudar a ração retirando milho e proteína. Substituindo pôr verduras e outros cereais. Pincela-se o local com enxofre com óleo, pomada de penicilina, Bactrovet Prata.

CHOCO - Fazer uma galinha sair do estado de choco, às vezes, torna-se um problema. Existem algumas maneiras de proceder. E uma bastante eficiente é a seguinte.
Separá-la em uma pequena gaiola e mantê-la sem comida e água por uns 3 ou 4 dias. Dando-lhe banhos diários. É tiro e queda.

COCCIDIOSE OU EIMERIOSE - Parasitas que atacam o intestino principalmente dos pintos. Os sintomas são diarréia de sangue, asas caídas, penas eriçadas, anemia, perda de apetite, perda de peso e desidratação. O tratamento pode ser feito com Vetococ, Amprol, Sulquin e as vitaminas A e K.
CÓLERA OU PASTEURELOSE - Doença contagiosa de alta mortalidade. Os sintomas são: depressão, tristeza, cabeça sob as asas, sonolência, diarréia verde-amarelada, as aves não bebem e nem comem, a crista e as barbelas ficam arroxeadas, em alguns casos as barbelas, brincos, base dos pés e joelhos ficam quentes. O tratamento é à base de Vetococ, Clorantrat, Ampitec Teluricol, etc. porém, a vacina é o meio mais eficiente de livrar-se da doença.

COMPLEXO LEUCÓTICO AVIÁRIO ( Marek e Leucose ) - Doença contagiosa que pode ser transmitida até por descendência genética. Tem um índice de mortalidade em torno de 99%. Apresenta-se de diversas formas e os sintomas que antecedem ao aparecimento da doença são: a ave começa a beber água acima do normal e os grãos de alimento às vezes são expelidos inteiros nas fezes.
As diversas formas da doença são:
Forma Nervosa - paralisia de pernas, pescoço e asas.
Forma Ocular - a ave fica com o chamado olho de peixe.
Forma Aguda - empalidecimento progressivo até a morte.
Forma Visceral - a ave seca lentamente.
Forma Óssea - os ossos das asas, pescoço, pernas se deformam, ficam encaroçados.
Forma Ulcerosa - uma ferida mal cheirosa aparece no corpo, geralmente próximo ao encontro da asa aumentando em pouco tempo.
Barriga D'água - o abdome vai avolumando pouco a pouco, cheio de líquido. Há casos da ave aumentar mais de 1 kg.
Forma Diftérica - placas diftéricas aparecem na garganta da ave e não há antibiótico que debele o mal. Pode durar até 1 ano mas sempre sobrevem a morte.
Fora a vacina para a doença de Marek, que deve ser aplicada no 1o dia de vida, não há tratamento para essa doença.

CORIZA - Inflamação da mucosa, dos séptos nasais e da conjuntiva ocular. Os sintomas são: espirros, tosse, dificuldade de respirar, corrimento nasal, face inchada. O tratamento pode ser feito com Terramicina LA, Tylan, Vetococ, Ampitec, Baytril, Flotril, Iflóx etc.

CRUEIRA OU CASTANHA - Proveniente de medicação mal feita após o combate. É o acúmulo de sangue coagulado ou pus entre os tecidos. Em qualquer caso a melhor solução é a cirurgia, onde será retirado todo o processo, cauterizado com iodo. Dão-se alguns pontos sem fechar totalmente, para que a cicatrização se dê de dentro para fora.

DESINFECÇÃO - Na desinfecção da água de bebida para eliminas germes e bactérias podemos usar o Biocid, na proporção de 1 ml para 2 litros de água. Na desinfecção de gaiolas e aviários podemos usar o próprio Biocid ou Creolina.

DIFTERIA (PLACA) - É derivada da bouba. De difícil tratamento, principalmente em estado avançado. Temos várias indicações de cura que são: injeções intramusculares de Urotropina a 25%. Pincelar com uma mistura de Iodo e Glicerina. Pincelar com Azul de Metileno. Tocar as placas com Nitrato de Prata. Tribissen, Lincospectin, Própolis, querosene, Penicilina+estreptomicina injetado na cabeça. 1 grama de sulfato de cobre em ½ litro de água e dar a ave por 5 dias. Benzetacil injetável. Keflex ou Cefalexina. Ganadol pomada. Tetrex comprimidos. Violeta Genciana.

DRC - DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA - Doença respiratória que ataca o sistema respiratório superior e inferior, inclusive os sacos aéreos. Os sintomas são: tosse, espirros, dificuldade de respirar, corrimento nasal, cara inchada, perda de apetite, perda de peso, enfraquecimento e diarréia. O tratamento é feito com Terramicina LA, Ampitec, Estreptomicina, Tylan, Pulmodiazin, etc.

EMPAPAR - Retenção de alimento no papo, por doença ou outro motivo qualquer. Pode ser resolvido com: Sonrisal, Coca-cola, Cebola picada, Lacto-purga.

ENCEFALOMIELITE - Afeta o sistema nervoso dos pintos. Os sintomas são: expressão dura, opaca e sem vida no olhar. Incoordenação dos movimentos das pernas e das asas. A ave senta-se sobre os joelhos, cambaleia e não consegue mover-se. Tremores na cabeça, pescoço e corpo. Não come, nem bebe. Perde ou enfraquece a voz. Não existe tratamento, apenas prevenção pela vacinação.

ENTERITE ( E.Coli ) - Inflamação do intestino. Os sintomas são: falta de apetite, tristeza, diarréia, palidez, penas eriçadas, perda de peso e má conversão alimentar(empapar). Se os sacos aéreos também forem infectados, pode haver tosse e ronqueira. O tratamento é feito com Neomicina, Ampitec, Terramicina, Penicilina, Estreptomicina.

ESPIROQUETOSE OU BORRELIOSE OU ESPIRILOSE OU NORDESTE - Doença transmitida por carrapatos. Os sintomas são: tristeza, febre, diarréia verde, perda de apetite. O tratamento é feito com Benzetacil, Ampitec, Neomaizon. E deverá ser feita a pulverização das instalações para eliminação dos carrapatos.

FAVO OU TINHA OU BOUBA BRANCA - Espécie de fungo parecido com mofo, que aparece na crista, barbelas e às vezes espalha-se pôr outras partes do corpo. O tratamento pode ser feito com enxofre com óleo ou Daktarin loção, Cetaconazol, Fungol, Ácido Bórico, vaselina formolada, vaselina boricada.

GALO RONCANDO - Tyladen aplicar 3 doses de ½ ml em dias alternados. Tormicina 100. Violeta Genciana 2 vezes ao dia. Agrovert e Flotril 10% aplicar 1 ml por 3 dias alternados, Amoxacilina.


GOGO - Doença que surge por causa de correntes de ar, mudanças de temperatura, umidade e frio excessivos. Os sintomas são olhos lacrimejando, corrimento nasal fétido, perda de apetite. Se não for cuidado se tornará crônico. O tratamento pode ser feito com Terramicina LA, Tylan.

HEMORRAGIAS - Poderão serem usados os produtos a seguir: Ipsilon comprimidos. Hemostop. Vitamina K injetável, Efederm.

HEMORRÓIDAS - Vez por outra encontramos um galo com esse problema. Como tratamento, devemos lavar o local com Permanganato de Potássio misturado a água na proporção de 1 colher de chá para 1 litro de água. Durante o tratamento a ave não deverá ser alimentada com milho, somente com pão com leite e banana com casca. Aplicar 0,5 ml de Baytril a 5% durante 5 dias alternados.

ICTERÍCIA - Não é comum. Os sintomas são: pele e tarsos amarelados excessivamente, temperatura abaixo do normal, perda do apetite em alguns casos, sensível perda de peso, músculos flácidos, a ave passa mais tempo deitada. Fácil de curar se descoberta a tempo. O tratamento começa com a suspensão do milho. Alimentar a ave com arroz com casca, aveia sem casca e triguilho, bastante verdura. O tratamento pode ser feito com purgantes salinos, como seja o sal amargo e fornecer Extrato Hepático na água de bebida. Há uma receita que consiste em tostar uma castanha de caju com casca e tudo, triturar e fazer uma papinha misturando um pouco de leite e dar ao galo em jejum.

MONILIASE - São ulcerações que se formam na mucosa digestiva. Poderá ser tratado com Pentabiótico pequeno forte. Nistatina


MUDA - É a troca natural de penas. Para apressar o início e o término da muda podemos executar o seguinte:
1 - colocarmos as aves em gaiolas às escuras por uns 10 dias.
2 - completados os 10 dias, cortamos comida e água pôr 3 ou 4 dias.
3 - completado o período voltamos a fornecer água e ração. Porém devemos enriquecer a ração com castanha e girassol.
4 - quando a muda já estiver bem avançada, começamos a banhar o galo todos os dia se colocá-lo no passeador para enxugar ao sol.

NEWCASTLE OU PNEUMECEFALITE - Vírus que propaga-se rapidamente. Os sintomas são: perda do apetite, espirros, tosse, dificuldade de respirar, paralisia parcial, tremores, torcedura do pescoço, cambalhotas para trás, caminhar em círculos. Não há tratamento eficaz, apenas prevenção pela vacinação.

OFTALMIA - Problemas de visão que podem Ter diversas causas. Sempre que for notado qualquer lacrimejamento, vermelhidão ou inflamação ocular deveremos Ter sempre um bom colírio ou pomada e fazer dela uso imediato.
Geralmente os problemas oculares são de 3 tipos:
1- Infecções : que devem ser tratadas com pomadas de antibiótico como: Biamotil, Tobrex, Ciloxan, Tetraciclina. etc.
2- Pancadas ou Perfurações : nesse caso a primeira providência deverá ser proteger a ave, principalmente do excesso de luz e usar as seguintes pomadas: Maxitrol, Tobradex, Biamotil-D, Dexafenicol, Eptezan.
O resto é com a boa capacidade de recuperação da ave.
No caso de pancada com edema de sangue no interior do olho. Efetuar, na hora, um corte ou perfuração no céu da boca do galo, do lado do olho atingido e deixar sangrar. Dipirona gotas para baixar a pressão. Hortelã. Água c/açúcar.

ONFALITE - Infeção bacteriana do umbigo dos pintos recém nascidos. O tratamento consiste na manutenção de temperatura ideal e o uso de Penicilina e Estreptomicina. O melhor meio é a prevenção com limpeza desinfeção e temperatura e umidade corretos.

OSTEOMALÁCIA - As aves apresentam-se com os ossos moles e fracos. Problema que poderá ser resolvido com Catosal, Calcifetrim.

OTITE - São inflamações de ouvido muito comum nos galos. Podemos usar o Oto-vet gotas que é fabuloso. Também tem o Panotil, Ouvidonal.

OTORRÉIA - Corrimento amarelo que se forma no ouvido das aves. Poderá ser resolvido com o uso de OTO-VET.

OVO VIRADO - Problema com que podemos nos deparar envolvendo às vezes uma reprodutora muito importante. Um purgante de óleo de rícino poderá ajudar a resolver o problema, mas a solução dependerá muito mais da habilidade daquele que estiver cuidando da ave. Existem pessoas que com muita precisão conseguem fazer a retirada do ovo e solucionar o problema.
Existe um produto chamado Prolacton veterinário. Aplicar 1 ml, caso não saia na primeira, aplica-se outra dose com 12 horas. E caso ainda não, outra dose com 24 horas.

PARATIFO - Causada por salmonela. É similar à pulorose e os sintomas são: pintos com asas caídas, penas arrepiadas, diarréia, cloaca empastada e com tendência a se amontoarem juntos. O tratamento pode ser feito com Vetococ ou Quemicetina oral.

PÉ INCHADO OU OUTRA ARTICULAÇÃO - Bastante comum. Pode ser resultado de pancadas, perfurações, etc. A primeira providência será por a ave em gaiola com piso de areia fina e retirar o poleiro. Podemos utilizar, dependendo do motivo da inchação, o expediente de engessar o pé da ave. Usamos para isso gase gessada, encontrada em qualquer farmácia. Durante o tempo em que estiver engessado o galo deverá receber aplicações de 2 em 2 dias da Rifocina injetável, na proporção de 0,5 ml, juntamente com antitóxico oral na proporção de 1 ml diário. Também poderá ser usado, tanto no caso do uso do gesso, como em caso de perfurações o Cort-trat injetável na proporção de 0,2 ml de 2 em 2 dias. Outro tratamento consiste no uso de um recipiente com água. Hora com água morna com sal. Hora com água e pedras de gelo. Isso pelo menos 4 vezes por dia, e deixar o galo com os pés mergulhados por uns dez minutos ou mais. Também podemos aplicar o Pedref a 2% na dose de 0,5 ml durante 4 dias. De resto muita paciência. Benzetacil injetável. Agroplús injetável aplicar 3 doses de ½ ml em dias alternados por via subcutânea, Fenil Butazona.

PEITO ROXO - Infecção provocada pôr deficiência de selênio. Os sintomas são: o peito, asas, face e articulações ficam roxo-azulados. Há um exudato gelatinoso entre os músculos e a pele. Aves deprimidas com cabeça e joelhos inchados, pálidas, diarréia, perdem peso, recusam-se a caminhar. O tratamento é feito com Quemicetina oral, Clorantrat, tudo que contenha Cloranfenicol.

PERDA DO BICO - Hoje com a qualidade dos bicos metálicos, esse problema tornou-se mais facilmente solucionável. Entretanto nunca será demais aprender. No caso da perda do bico inferior dificilmente o mesmo voltará a recuperar-se 100%. No caso de perda de bico, seja superior ou inferior, a primeira providência será colocar o animal em lugar que ele não tenha a mínima condição de bicar superfície dura. Isso inclui o recipiente onde é fornecida a alimentação e água. Deveremos fornecer alimentação rica em proteína e cálcio. E aplicar sobre o bico afetado o ungüento de Basilicão. O resto é paciência.

PERNA QUEBRADA - No caso de quebra de perna ou coxa, deveremos engessar com cuidado, usando a gaze gessada e colocá-lo numa camisa pendurado no teto da gaiola, de forma que as pernas não toquem o piso. Ficando com as asas imobilizadas para não debater-se. O papo e a cloaca livres. Com água e comida ao alcance. A alimentação deve ser de preferência, ração para pintos, molhada, com banana e verduras. Aplicar 0,5 ml de Baytril a 2 ou 5% por 3 dias consecutivos.

PEROSE - Doença dos pintos que causa deformidade dos ossos, causado por desequilíbrio de fósforo, cálcio e magnésio. Poderá ser resolvido com Potenay B12.

PEVIDE - É conseqüência de uma estomatite. Um laxativo de Maná e Sal Amargo ajudará a fazer desaparecer a pevide sem que se faça necessário a extração.

PIOLHO, CARRAPATO E PICHILINGA - São parasitas de galinheiro. O tratamento será feito com a aplicação de Talfon ou Bolfo em pó, tanto na ave quanto nas instalações. Pode ser feito ainda com o uso de Kattox, Buttox ou similar na proporção de 2 ml para cada 1 litro de água. Pulveriza-se instalações e aves. Acatak. Ivomec aplicar 0,2 ml subcutâneo.

POSTURA - Para galinhas que param de botar por muito tempo sem explicação. Aplicar 1 ml de Pró-Cio veterinário. Repetir com 15 dias e duas vezes mais de 30 em 30 dias.

PULOROSE OU SEPTICEMIA OU DIARRÉIA BRANCA - Similar ao paratifo. Conhecida como diarréia branca dos pintos. Os sintomas são: diarréia branca, asas caídas, sonolência, empenação parece molhada, pintos gritam ao defecar, cloaca empastada. O tratamento poderá ser feito com Vetococ, Quemicetina oral, etc.

RAQUITISMO - Ausência de vitamina D na fase de crescimento, causa a deformação dos ossos, principalmente as pernas e a quilha. O mal pode ser evitado se juntarmos à ração a farinha de ossos, caucáreos e óleo de fígado de cação.. também temos a ADE injetável. Catosal. Potenay B12.

REUMATISMO - Não é muito comum, entretanto pode ocorrer. Os animais ficam com pernas fracas até não poderem mais andar. Deve ser evitada a umidade nas gaiolas. Segundo alguns a alimentação de carne crua e ostras moídas é muito benéfica.

SINGAMOSE - Bocejo ou pigarro causado pôr um verme que vive na traquéia, roubando sangue e dificultando a respiração. O tratamento pode ser feito com Gogol, Averol, Vermogim.

TETRAMEROSE - Enfermidade causada pela ingestão de bichos como barata, mosca, gafanhoto, etc. A ave contaminada continua a alimentar-se normalmente. Porém perdendo peso. É atacada pôr diarréia aquosa abundante. Não há tratamento específico.

TIFO OU ENTERITE OU MAL TRISTE - Causado pôr salmonela. Os sintomas são: sede, perda de apetite, diarréia verde-amarelada, aves isolam-se, asas caídas, cabeça baixa e embaixo da asa, febre alta, morte em 1 ou 2 dias após os primeiros sintomas, apresentam o músculo do peito com aparência de cozido, ficam empapados, cristas e barbelas empalidecidos. Tratamento com Vetococ, Ampitec, Teluricol, Quemicetina oral ou Clorantrat.

TUBERCULOSE - Semelhante ao humano a ave tem dificuldades respiratórias e emagrece rapidamente. Poderá ser tratado com Dihidroestreptomicina, Sulfabiótico.

TUQUE - São lesões neurológicas causadas pôr esporadas durante o combate. E que podem inutilizar o animal. Porém a inutilização geralmente é causada pela deficiência na medicação da ave. O galo tucado em combate deverá ser medicado imediatamente após o combate. Existem medicamentos que quando bem usados podem recuperar totalmente a ave. São eles:
Cort-trat ou Azium (Dexametasona ) - injetável
Nootropil - injetável
Dexa-Citoneurin - injetável
Organoneurocerebral - comprimidos

VENTOSIDADE - Pode ser causado pôr excesso de esforço em treino ou combate. Esse excesso de esforço geralmente acontece pôr deficiência de preparação física da ave. O esforço causa a ruptura de sacos aéreos e a penetração do ar no corpo pôr baixo da pele, transformando-se em verdadeira câmara de ar. Não se pode resolver facilmente o problema, porém pode-se cortar a pele em vários pontos para fazer sair o ar. Deixar a ave bastante tempo sem fazer esforço para esperar que o mal, com sorte, não retorne.

VERMES NOS OLHOS - Pequenos vermes que causam inflamação nos olhos das aves. São os Oxyspirura. Existe uma cura caseira que sempre usei com bom resultado. Consiste em pingar 3 gotas de iodo em 2 ml de água e misturar. Em seguida com a ajuda de um conta-gotas instilar nos olhos da ave.

VERMINOSES - Os mais comuns que parasitam as aves são: a tênia, ascaris, heterakis e capilária. Para eliminação podem ser usados o Mebendazol, Ivomec, Systamex, o Proverme ou outros similares. Eu gosto muito de usar uma medicação caseira que aprendi quando garoto. Ela consiste em oferecer ao galo um pedacinho de sabão comum de mais ou menos 1 cm2 , uma vez ao mês. Notamos que após ingerirem o sabão as aves passam a alimentarem-se melhor. Também costumo passar no liqüidificador algumas folhas de mamoeiro com água, peneirar e administrar uma pequena medida do líquido diretamente a cada galo ou galinha. Para a tênia encontramos grande eficiência no Iomesan ou Vetox (humano). Vermífugo para cães ¼ de comprimidos.

OBS. : Todo criador deve Ter em casa e sempre à mão o medicamento COLIBAN Oral, pois o mesmo é de uma versatilidade a toda prova. Qualquer problema que aparece no aviário e que não conseguimos detectar com precisão este medicamento resolve a maioria. É aconselhável de 2 em 2 meses colocá-lo na água de bebida de todas as aves, durante 3 dias como preventivo contra infecções.

Creditos : FCSouza

Criação de Galinha Caipira Gera lucros.




Quem anda pelas vilas e povoados do interior do país já está acostumado com a cena: grupos de galos, galinhas e pintinhos soltos, perambulando livremente por ruas de chão batido e terrenos baldios das comunidades rurais, como se não tivessem dono. Mas têm. Em geral, essas aves pertencem a famílias de pequenos agricultores, que as criam de forma rudimentar, basicamente para consumo pessoal da casa. Esse tipo de criação extensiva, tão comum nas pequenas comunidades rurais brasileiras, apresenta índice elevado de desperdício, com a mortalidade dos animais girando em torno de 50%.

O que muitas dessas famílias estão descobrindo agora, é que, com a aplicação de métodos adequados, aliados a um investimento relativamente baixo em infra-estrutura, é possível ampliar muito a produção, reduzir substancialmente as perdas, melhorar a qualidade da carne e dos ovos, e transformar a sua pequena criação avícola num empreendimento lucrativo, gerando ocupação e renda para a família, além de uma complementação alimentar mais rica.

É justamente com esse objetivo que o Sebrae está investindo na difusão de um modelo inovador de aviário de galinha caipira. Trata-se de uma tecnologia social que já vem sendo aplicada, com êxito, junto a 200 famílias piauienses, no projeto Avicultura do Piauí, tendo como parceiros o SENAR, as prefeituras municipais, o Banco do Brasil e a FBB. Dentro da metodologia de construção dos aviários, os animais passam a ser criados em sistema de semiconfinamento, de modo a racionalizar custos e espaços, proporcionando uma produção planejada e sustentável, na qual a perda de animais normalmente não ultrapassa a marca dos 5%.

Atualmente, dez municípios do Piauí já aderiram ao projeto: Vera Mendes, Jatobá do Piauí, Arraial, Guadalupe, Santa Rosa, Cajazeiras do Piauí, São Pedro do Piauí, Nossa Senhora de Nazaré, Campo Maior e Teresina. O público-alvo prioritário são as mulheres integrantes das famílias agricultoras, que se encontravam sem uma ocupação remunerada. “Muitas das famílias participantes do projeto já tinham essa tradição de criar as aves, mas de forma desordenada. Agora elas estão conseguindo transformar essa criação em negócio”, destaca João Fernando de Almeida, coordenador do projeto pelo Sebrae Nacional.

De acordo com a planta do projeto, o aviário pode ser construído com 24 m² ou 32 m² , desde que seja em local plano e de acesso fácil. É necessário também dispor de água e energia elétrica na propriedade. O espaço, após instalado e cercado, contará com uma área descoberta, para as aves ciscarem à vontade, e outra parte fechada, onde os animais serão recolhidos no período da noite.

Vale ressaltar que todo o processo de construção é conduzido pelos próprios avicultores, em sistema de mutirão. Uma família se junta com a outra e constroem a estrutura numa determinada propriedade; e logo depois, juntas, seguem para outro terreno. E, assim, cada criador passa a ter o seu aviário construído. “É a contrapartida das comunidades, que inclui a disponibilização de seu terreno e a mão-de-obra da construção dos aviários. E, em alguns municípios, a comunidade também custeia parte do material”, afirma João Pinheiro Júnior, gestor do projeto pelo Sebrae/PI.

Cerca de 80% dos materiais utilizados podem ser encontrados na área da propriedade – entre eles, palha e madeira. Quando são utilizados outros componentes, como telhas e tijolos, é comum as próprias famílias se reunirem para produzi-los, ou, se não, para buscar condições diferenciadas de aquisição junto a fábricas locais. É o caso, por exemplo, do município de Campo Maior, onde uma cerâmica da cidade vende a telha para esses avicultores a um preço que corresponde a 30% do valor de mercado. São telhas que têm pequenos defeitos, como alguma rachadura num dos cantos, e por isso não vão para o mercado, mas que servem perfeitamente para os aviários. Também em Jatobá do Piauí, a maioria dos avicultores reside em torno de uma cerâmica, e podem comprar a telha por um preço bem barato. Já em outros municípios, como São Pedro do Piauí, a opção encontrada pelos produtores foi mesmo cobrir seus 15 aviários com palha.

Para potencializar os resultados com a implantação da nova tecnologia de produção, foram introduzidas raças melhoradas de aves nessas comunidades. Uma delas é a Label Rouge, também conhecida como Pescoço Pelado. Outra variedade é a Paraíso Pedrês. São tipos bastante rústicos, que apresentam excelente retorno em termos de conversão alimentar. Essa medida foi necessária, pois a raça que vinha sendo criada pelas famílias locais já se encontrava significativamente degenerada, em função da miscigenação a que fora historicamente submetida. “Os frangos que eles criavam demoravam, às vezes, até oito meses desde o nascimento do pintinho até poder chegar ao mercado. Hoje, com a raça melhorada, esse prazo é de três a quatro meses”, destaca João Pinheiro Júnior.

Em geral, o empreendimento começa com cerca de 50 pintinhos, o que é um número relativamente pequeno, para que os produtores adquiram experiência com o sistema. Gradativamente, a quantidade de aves é elevada, chegando a 200 ou mais unidades. Durante o primeiro mês, os criadores recebem a recomendação de comprar a ração das aves em casas especializadas. Mas a partir do 30º dia, essa ração é feita pela própria comunidade, à base de ingredientes como milho, soja e mandioca. A alimentação é complementada com frutas, verduras, capim e uma série de outros itens que existem com fartura na própria comunidade.

A escolha das famílias participantes é precedida da definição dos municípios e, dentro deles, das comunidades que receberão o projeto. Para isso, existem critérios prédefinidos. Um deles é a necessidade de que a prefeitura esteja aberta a essa parceria, responsabilizando-se, entre outros, por custos relativos a alimentação e hospedagem do consultor e dos instrutores que irão atuar no local. Alguns gestores municipais também assumem a responsabilidade de bancar parte do material para a construção dos aviários. Apesar de não ser a regra geral, essa é uma contribuição sempre relevante, haja vista a situação de dificuldades financeiras em que vive a maior parte das famílias atendidas. Vale lembrar que o custo de montagem do aviário está entre R$ 750,00, para o de 24 m² , e R$ 1.200,00, para o de 32 m² .

O coordenador João Fernando explica que, cada vez mais, os prefeitos têm percebido os benefícios de contar com o projeto de avicultura dentro dos seus municípios. “As prefeituras estão empolgadas. Esse projeto transformou algumas comunidades, que faziam essa atividade de forma totalmente secundária, e agora conciliam esta com outras atividades. É uma tecnologia social de baixo custo, e pode ser facilmente reaplicada em outras comunidades”, diz.

Também é considerado como critério para a implantação do projeto o fato de aquela comunidade já possuir vocação para criação de galinhas caipiras. Além disso, procura-se selecionar famílias que residam próximas umas das outras, de modo a facilitar o deslocamento do consultor entre as propriedades. Outra característica que se busca é que a comunidade esteja relativamente perto dos centros consumidores, o que irá facilitar o transporte das aves para comercialização.

Capacitação e competitividade

Uma vez concluídas as etapas de mobilização e seleção das famílias, o Sebrae inicia a fase de sensibilização desses produtores, mostrando para eles o potencial daquele negócio e as vantagens de trabalhar de forma planejada, dentro do modelo proposto. Paralelamente, começam as atividades de capacitação, abrangendo diversos conteúdos em áreas relativas à produção e à comercialização das aves.

“Primeiro fazemos uma oficina de conscientização sobre o que é o projeto, qual o papel do Sebrae, da Prefeitura, da comunidade e de cada avicultor individualmente. Depois é promovida a oficina ‘Juntos somos fortes’, para fortalecer os laços de cooperação. Após isso, há os cursos de associativismo e de gerenciamento de pequenos negócios, bem como o de avicultura básica, no qual é ensinado como instalar um aviário e o manejo das aves. Como a maioria é composta de mulheres, também é feito o curso ‘Mulher Empreendedora’, especiicamente voltado para elas”, detalha Ana Lúcia Pereira Oliveira, gerente da Carteira de Projetos Territoriais do Sebrae/PI.

Mesmo após concluírem a instalação dos seus aviários, os produtores continuam recebendo orientação técnica, para que se mantenham alinhados à metodologia proposta pelo projeto. Para isso, três técnicos contratados pelo Sebrae se dividem para acompanhar os dez municípios envolvidos na iniciativa. A cada mês, esses consultores visitam todas as famílias participantes.

Em termos de preço de mercado,a galinha caipira tem um expressivo diferencial em relação ao frango industrializado, sendo vendida na faixa de R$ 12,00 por unidade de 2 kg, enquanto o outro, com mesmo peso, vale, no Piauí, algo em torno de R$ 6,00. E as vendas não param de crescer, seja nas feiras livres das cidades vizinhas, seja dentro das próprias comunidades, ou ainda em restaurantes dos municípios. Recentemente foi fechado um acordo com o Governo do Estado, que se comprometeu a adquirir as aves produzidas dentro do projeto para o programa Compra Direta, que as reverte para a merenda escolar.

Como para todo bom empreendimento é preciso olhar adiante, o Sebrae/PI tem procurado dinamizar ainda mais esse mercado. Recentemente, por exemplo, foi promovido um curso de culinária à base de galinha caipira, no qual foi ensinada uma série de receitas à base desse produto, como creme de
galinha, tortas, vatapá e outros. Participaram desde as merendeiras das escolas até os donos de bares e restaurantes locais, que passam a conhecer novas aplicabilidades para utilização das aves em seu dia-a-dia.

Por tudo isso, fica evidente que o projeto de aviários de galinha caipira é uma alternativa real para o desenvolvimento sustentável de várias comunidades, não apenas no Piauí, mas também nas diferentes regiões do país. E o que é melhor, ganham os criadores e ganham também os consumidores, que passam a ter acesso a novas possibilidades gastronômicas para usufruir de um alimento saudável, seguro e ecologicamente produzido.

Fonte: Revista Sebrae Agronegócios - nº 7 - Dezembro de 2007

Codornão


Codorna -Gigante ( Melhoramento Génetico )
Informações Técnicas
Para criar codornas você não precisa de muito espaço, nem de muitos cuidados, a não ser fornecer boa ração e água limpa a vontade.
A criação do Codornão do lado técnico-econômico, torna-se ainda mais atrativa, ao verificar-se o seu rápido crescimento e atingimento da idade de postura, a sua elevada prolificidade e o seu pequeno consumo de ração, conforme os dados zootécnicos que se seguem:
· Peso ao nascer: 10 gramas · Peso da ave adulta: fêmea 500 gramas - macho 450 gramas · Início de postura: 65 dias · Período de produção: 8 a 10 meses · Percentagem de postura: até 80% · Ovos por ave por ciclo produtivo: 250 a 300 ovos · Peso médio do ovo: 10 a 16 gramas · Período de incubação: 16 dias · Idade para abate: 45 dias · Peso médio de abate: 380 gramas · Consumo de alimento até o abate: 1500 gramas

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Codorna chinesa



CODORNA CHINESA PINTADA
Sudeste asiático e Austrália.

DIMENSÕES
Cerca de 11 a 13 centímetros.

DISTINÇÃO ENTRE OS SEXOS

A diferença entre os dois sexos pode ser observada num rápido olhar à cor original desta espécie de aves. O macho tem marcas distintas pretas e brancas no pescoço.

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
A codorna chinesa pintada anda livremente pelo viveiro e tende a agredir outras espécies de aves. Dado que os machos da espécie são muito viris, é recomendável adquirir, não uma, mas várias fêmeas para sua companhia. Particularmente em espaços reduzidos, o macho tem tendência para, com muita freqüência, perseguir incessantemente as fêmeas. Dado que os machos são muito zelosos na demarcação do território durante a época de gestação, defendendo o espaço à volta do ninho e das crias, é aconselhável não manter estas aves em convívio com outras que não se descartam das suas obrigações paternais, mas manifestam um comportamento agressivo em relação à fêmea ou à cria. É aconselhável isolar estes machos. No entanto, este comportamento é freqüentemente provocado por um excesso de população.

ALOJAMENTO ADEQUADO

As codornas chinesas adaptam-se a quase todos os tipos de alojamento, desde que tenham espaço para se alojarem. São pássaros que vivem harmoniosamente com os pássaros ornamentais. Apesar de não requerem muitos cuidados alimentares, é aconselhável ter sempre algumas plantas na gaiola, que podem servir de abrigo.

TEMPERATURA AMBIENTE

As codornas chinesas são pássaros fortes. Não são muito exigentes no que diz respeito à temperatura ambiente. No entanto, devem Ter acesso a um abrigo noturno sem correntes de ar, sem umidade e que proteja da geada, bem como a um recanto com plantas, coberto, onde possam abrigar-se durante o Outono frio e os meses de Inverno.

ALIMENTAÇÃO

Muitos criadores de viveiro não alimentam as codornas chinesas separadamente. Em princípio, elas comem tudo o que as outras aves do viveiro desperdiçam. Uma alimentação base apropriada consiste numa mistura de sementes para aves tropicais de pequeno porte e sementes para canários.
Além disso, também apreciam pequenos pedaços de verdura e, é claro, conchas e areia, de onde retiram o cálcio que as ajuda a digerir os alimentos. Durante a época de criação, necessitam de alimentos com grandes porcentagens de proteína.

ATIVIDADES
As codornas chinesas são aves de solo, gregárias e ativas, que estão constantemente a ciscar o chão do viveiro em busca de alimentos. Aprecia um bom banho de areia para limpar a plumagem. Uma pequena caixa com areia fina e limpa é muito útil, para este fim. Certifique-se da sua remoção após o banho, para que não seja contaminada pelos excrementos.

CRIAÇÃO
As codornas chinesas são fáceis de criar. A fêmeas põe os ovos num pequeno buraco ao fundo do viveiro, preferencialmente num local abrigado sob um arbusto. Pode contar com oito ou dez ovos ou mais. O período de incubação é de 16 a 18 dias. Quando as crias saem dos ovos são precoces e conseguem, quase de imediato caminhar com a mãe; sendo capazes de bicar alimentos do chão. Necessitam igualmente de água, no entanto, uma vez que podem facilmente morrer afogadas dentro de um bebedouro de tamanho normal, é recomendável colocar no chão do viveiro um prato com água a um nível muito raso. Esta água deve ser mudada várias vezes por dia. O macho permanece com a fêmea e as crias ao longo da época da gestação, para afugentar quaisquer intrusos que se aproximem demasiado. Quando as crias atingem cerca de quatro semanas de idade estão aptas a cuidar completamente de si próprias, no entanto, é recomendável esperar mais quatro semanas, antes de as separar dos pais

Embora um casal de criação possa Ter duas ou três posturas por ano e criar as suas crias, a fêmea não choca os ovos. Limita-se a largar os ovos por toda parte e esquece-os. Por vezes não precisa de fazer mais do que reunir estes ovos, colocando-os numa cova sob um arbusto. Se tal não surtir efeito, os ovos devem ser colocados numa incubadora. As crias podem ser alimentadas com alimentos finos, tais como insetos, sementes tropicais e alimentos à base de ovos e ração própria para codornas.

Durante as duas primeira semanas, as crias podem ser aquecidas com uma lâmpada própria de aquecimento ou campânula elétrica. Para permitir que as crias se habituem à temperatura ambiente normal, pode ir subindo gradualmente a fonte de calor.

MUTAÇÕES

Existem diversas mutações conhecidas incluindo aquelas que apresentam marcas exóticas e as que não têm marcas no pescoço; algumas têm também cores exóticas, como ruivas, cor de canela, totalmente brancas, malhadas, bem como pastel.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

As codornas chinesas pintadas são das mais populares aves de viveiro. São muito recomendadas para principiantes e ficam muito mansa.

Codorna Splash


A Codorna Splash Surgiu através do cruzamento entre a codornas Européias ( RAJADA) com as Inglesas Brancas . Para uma Codorna ser Reconhecida como SPLASH ela devera ter 1 ou mais manchas nas costas e na cabeça e nao poderá ter manchas Grandes no Peito Como as TUXEDO ou Codornas Pingüins . Existe no Brasil Codornas Japonesas com mesclas rajadas nas brancas Japônicas mas estas nao e Uma SPLASH .

Codorna Rosetta


A Codorna ROSETTA e uma Linda e Rara Mutação  ao Contrario da TIBETAN e uma Ave muito Dócil e Sociável , Alguns Criadores Experientes no Leste Europeu Afirmam que se Cruzarmos Uma TIBETAN com uma INGLESA Teremos uma Grande Chance de Produzirmos a ROSETTA mas isto Nao e Verdade pois isto depende da Genetica da Ave e dos genes que Porta !

Codorna Montezuma


Esta espécie é encontrada (ou ignorado) do norte Oaxaca através do interior do México ate as montanhas da região central e sudeste do Arizona , central e sudoeste do Novo México e oeste do Texas .
A Codorna Montezuma está ausente nos desertos . Existem cinco subespécies , divididos em dois tipos de plumagem, norte e sul, que intergrade na região central de Veracruz.
O habitat é mata aberta, mais frequentemente o carvalho , mas também de pinho e carvalho, junípero , com grama, pelo menos, 30 cm de altura. Encostas de morros e canyons são particularmente favorecidas.

Codorna Americana – Bob White





Origem: Esta espécie é originaria de America do Norte, encontrada do norte do México ao sul do Canadá.
Descrição:
É uma codorna de grande porte chegando a pesar 500g, quando abatida a fêmea pesa 300g e o macho 250g, é monógama, isto é, vive aos casais, onde se utiliza-se 1 macho para cada fêmea para conseguir bons resultados. Apresenta dimorfismo sexual, sendo a fêmea de uma cor marrom claro e as riscas da sua cabeça são amarelas,  já o macho tem a garganta branca e 2 listras brancas na cabeça que vão do bico a parte de trás da cabeça e o ventre e a parte inferior da cauda de um tom marrom "ferrugem", a parte superior das costas e as asas são de tom marrom parecido com a plumagem da fêmea.
Manutenção:
Não é uma espécie muito exigente e se adapta muito bem em viveiros, uma gaiola para um casal medindo 25 cm x 25 cm de área e altura de 20 cm é suficiente. Não é recomendável mante-la em viveiros junta com outras espécies pequenas de pássaros, pois as codornas americanas costumam dormir em poleiros altos o que causa muito estresse para aves pequenas.

Codorna Japonesa


Os Filhotes com 40 Dias de Vida já Iniciam sua Fase de Postura !
Graças a um trabalho paciente de muitos anos de seleção, conseguiu-se transformá-la no animal doméstico de mais rápida multiplicação e produção.
Atingem a idade adulta com 6 semanas, quando seu peso atinge de 110 a 120g.
As fêmeas adultas são mais pesadas e chegam atingir até 140g. A postura inicia-se com 42 dias‚ atinge com facilidade 300 ovos com peso de (8 a 12g) 13g em média e sua incubação dura de 16 a 18 dias.
A persistência é muito alta, podendo botar por 18 meses consecutivos, porém para a reprodução aproveitam-se os ovos até os 8 meses, porque a fertilidade decai com a idade.
A cor dos ovos varia do pardo escuro ao azul, branco, bege, salpicado, de preto, marrom e azul. As fêmeas são facilmente distinguidas dos machos por terem as penas do pescoço brancas, terminadas por uma ponta preta, enquanto os machos as têm marrons, e o bico mais escuro