terça-feira, 19 de abril de 2011
Galo Banquiva
O galo Banquiva é uma pequena ave que vive nas florestas tropicais e subtropicais. Para além da semelhança morfológica com o galo comum, partilha outras semelhanças com este, como por exemplo o de cantar ao levantar do dia e de esgravatar o chão para encontrar comer.
O homem domesticou os primeiros galos Banquivas na Índia, cerca de 3.200 a .C. (anos antes do nascimento de Cristo) e a partir de 1.400 a .C. na China. Por volta de 1.500 a .C. domesticou-o no Egipto e em Greta. A espécie estendeu-se de seguida à Europa e ao mundo inteiro. É provável que tenha chegado à América a partir da Ásia, pelas costas do Equador e do Perú.
No início, o galo Banquiva foi domesticado primeiro pelo seu papel tanto como animal para sacrifícios como para combates, pela carne e pelos ovos. Os Romanos faziam criação em "galinheiros" em grande escala, mas depois deles esta actividade foi abandonada até ao século XIX.
Os Europeus e outros colonos introduziram o galo Banquiva em vários países, como a Austrália, a Nova-Zelândia e a África do Sul.
Como vive
O galo de Banquiva vive habitualmente em estado selvagem nas florestas relativamente densas e nas plantações de bambus. Procura com frequência alimento nas clareiras, nas matas e em certas zonas cultivadas como os arrozais.
Como o galo doméstico, o galo de Banquiva é um grande adepto dos banhos de poeira.
Numa clareira seca da floresta, rebola-se na poeira e bate as asas de forma a provocar a entrada nas penas de pequenas partículas de terra seca ou de areia fina. É assim que ele cuida da sua plumagem e se vê livre dos parasitas.
O galo de Banquiva começa e sua actividade diária desde o nascer do sol até às 9 horas da manhã. Descansa então à sombra. Depois quando está mais fresco, por volta das 3 da tarde, recomeça o seu trabalho de procura de comida, até ao anoitecer.
Depois empoleira-se numa árvore para dormir durante a noite. Dorme em conjunto com outros, formando grupos que podem ir dos 5 até aos 30 indivíduos.
O galo Banquiva (Bankiva) faz o ninho habitualmente no fim do Inverno e na Primavera. O galo faz várias demonstrações nupciais para mostrar o seu poder junto dos rivais, defender o seu território e atrair uma galinha. Arrasta uma das asas rodopiando à volta da fêmea, bate ruidosamente as asas como quem bate palmas, eriça as plumas do pescoço e sacode a cabeça.
A galinha constrói o seu ninho no chão, no meio de densa vegetação, muitas vezes debaixo de uma silva ou dentro de um maciço de bambus. Ela choca os ovos sozinha. Os pintos são capazes de a seguir somente algumas horas depois do nascimento.
As galinhas, como outros animais domésticos, não põem um número determinado de ovos em cada época, mas substituem os ovos que se apanham. Galinhas seleccionadas podem assim pôr um ovo cada dia. O record está em 371 ovos postos por uma única galinha durante um ano.
Hábitos
O galo Banquiva (Bankiva) canta ruidosamente, sobretudo de manhã, para assinalar o seu território e afirmar a sua posição hierárquica dentro do grupo. Na época da reprodução, o macho canta um pouco mais cedo em cada manhã.
Há diferenças subtis entre o "cocorico" de cada macho permitindo que os rivais se reconheçam.
Esgravatar o chão e depenicar os pequenos pedaços de alimento ou pequenas pedras, constituem a parada nupcial da galinha na presença de um galo. É também desta maneira que ela atrai os seus filhos para que comam e para reforçar as suas ligações com eles.
Alimentação
O galo Banquiva consome grãos, frutos, bagas, folhas e pétalas, e rebentos de plantas cultivadas como o arroz, o milho, os feijões e a tapioca.
Um estudo mostrou que o Banquiva se alimenta de mais de trinta qualidades diferentes de grãos, assim como numerosos invertebrados: coleópteros, moscas, formigas, percervejos, aranhas, centopeias e caracóis. Na estação seca, desloca-se para os pontos onde há água para beber, de manhã e à noite.
O Banquiva desloca-se habitualmente sozinho, esgravatando a terra, para encontrar de comer, mas também em grupos que podem contar com até cinquenta aves.
Tal como com o galo comum, existe uma hierarquia e a ave dominante tem acesso prioritário aos melhores locais de alimento. O galo engole minúsculos seixos de pedra para facilitar a trituração dos grãos dentro do papo.
Em certas regiões da Birmânia, onde existem minas de pedras preciosas, foram encontrados rubis e esmeraldas no papo de galos Banquiva.
Sabia que?...
O galo doméstico, descendente do galo de Banquiva é a ave mais abundante do mundo. Calcula-se que a população mundial de galinhas domésticas seja mais de 8.000 milhões (ou oito biliões) de indivíduos, ou seja cerca de 1,5 galinhas por cada ser humano.
Na Índia, há muitas lendas tradicionais nas quais a galinha simboliza o amor.
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A galinha doméstica é a ave mais populosa do mundo,isso pode até ser verdade,mas você conta com aquelas aves que são criadas em granjas cuja variabilidade genética é baixíssima,e consequentemente sua contribuição para a perpetuação da espécie é praticamente nula,fato é que a maioria dessa população é constituida por essas aves e que essa espécie,diga-se de passagem a espécie mais valorosa de todas as outras que o homem domesticou e não falo de valor econômico mas de seu valor admirável para os verdadeiros e pouquíssimos criadores que as contemplam,sofreu perdas colossais na última década,por exemplo;o surto de gripe aviária na Ásia que matou milhões de aves,o desencadeamento de uma caçada macissa e implacável à população do galo indio no brasil com o objetivo explícito de extinguir essa espécie,observação:não sou a favor da briga de galos,mas com certeza o combate as mesmas deveria ter sido feito de forma diferente do que se transcorreu,unindo-se todos os criadores e dando-se palestras sobre a importância da preservação dessa população para a conservação da reserva genética de Gallus gallus domesticus e pelo valor cultural da ave,no sentido de que o Brasil supostamente eliminara a existência das rinhas mas conservara a espécie num gesto de preservação e mínimo apreço pelas aves,mas ocorreu tudo ao contrário do que deveria.Cont.
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