quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Parceiria HSUS e indústria de ovos

A Humane Society of the United States (HSUS) e a associação de produtores de ovos dos EUA (United Egg Producers - UEP) anunciaram um acordo sem precedentes para trabalhar juntos pela aprovação de uma abrangente legislação federal que vai afetar todas as 280 milhões de galinhas envolvidas na produção de ovos dos Estados Unidos. A regulamentação proposta pela UEP e pela HSUS constituiria a primeira lei federal dos EUA a dispor sobre o tratamento de animais de produção.
A legislação proposta, se sancionada, trará as seguintes mudanças:
• As gaiolas convencionais (utilizadas por mais de 90% da indústria de ovos no país) terão de ser substituídas, ao longo de um amplo período de transição, por sistemas enriquecidos de alojamento que proveriam para cada ave quase o dobro de espaço do que o que lhes é dado hoje. Os produtores de ovos investirão 4 bilhões de dólares ao longo dos próximos 15 anos para levar a cabo esta adequação de toda a indústria;
• No novo sistema enriquecido de alojamento, será exigido que todas as galinhas poedeiras contem com estruturas que permitam a expressão de comportamentos naturais, como poleiros, caixas-ninho e áreas para ciscagem;
• As embalagens de ovos terão de informar aos consumidores sobre o método usado para produzir os ovos - por exemplo, “ovos produzidos em gaiolas”, “ovos produzidos em gaiolas enriquecidas”, “ovos produzidos fora de gaiolas” e “ovos caipiras”;
• Será proibida a privação de alimentos ou de água visando a "muda forçada" (usada a fim de extender o ciclo de postura), prática já proibida no programa "United Egg Producers Certified" que tem a adesão da maioria dos produtores de ovos do país;
• Normas para a eutanásia de galinhas poedeiras terão de ser criadas e aprovadas pela Associação Americana de Médicos Veterinários (AVMA, em inglês);
• Níveis excessivos de amônia serão proibidos nos galpões; e

• Será proibida em todo o país a venda de ovos nacionais ou importados que não atendam aos novos requisitos.
Os dois grupos farão uma solicitação conjunta ao Congresso para que seja aprovada uma legislação federal que exija que os produtores aumentem o espaço dado a cada ave gradativamente ao longo dos próximos 15 a 18 anos. Atualmente, a maioria das galinhas vive num espaço de 432 cm2 e cerca de 50 milhões delas vivem em apenas 310 cm2.

A transição proposta culminaria com a provisão de um espaço mínimo de 800 a 929 cm2 por ave, além das outras melhorias mencionadas. “Os produtores americanos de ovos têm trabalhado continuamente para melhorar o bem-estar animal, e nós acreditamos plenamente que o nosso comprometimento com uma norma nacional para o bem-estar das galinhas está no melhor interesse dos nossos animais, clientes e consumidores”, disse Bob Krouse, presidente da UEP e produtor de ovos do estado de Indiana. “Estamos comprometidos a trabalhar pelo bem das aves sob nosso cuidado e acreditamos que uma norma nacional é muito melhor do que um mosaico de estados com leis e normativas diferentes, o que seria complicado para os nossos clientes e confuso para os consumidores”.

“A promulgação desse projeto de lei seria uma melhoria histórica para centenas de milhões de animais por ano”, afirmou Wayne Pacelle, presidente e CEO da HSUS. “Nosso maior desejo é sempre encontrar pontos de convergência e encontrar soluções, mesmo com os nossos tradicionais adversários. Estamos entusiasmados com este novo e melhor caminho adiante, e esperamos que o Congresso aproveite a oportunidade para abraçar este tipo de colaboração e compreensão mútua. Estendemos nossos agradecimentos aos produtores da indústria por terem concordado em fazer os investimentos necessários para melhorar as condições de alojamento e de bem-estar dos animais de uma maneira significante”. Se aprovada pelo Congresso, a lei vai prevalecer sob leis estaduais, inclusive as que foram aprovadas com o apoio da HSUS no Arizona, na California, em Michigan e em Ohio.

Em reconhecimento aos padrões previstos no referendo “Proposition 2”, transformado em lei pelos eleitores da California em 2008, a UEP e a HSUS pedirão ao Congresso que exija que os produtores de ovos do estado da California - com suas cerca de 20 milhões de galinhas poedeiras - eliminem as gaiolas convencionas até 2015 (a data em que entra em vigor a “Proposition 2”), e que garantam a todas as galinhas o mesmo espaço mínimo e enriquecimento ambiental previstos para o restante da indústria de ovos nos próximos 15 a 18 anos. Esses requisitos vão também aplicar-se à venda de todos os ovos e produtos feitos com ovos na California, segundo a legislação federal proposta.

Esse acordo para aprovar uma legislação federal abrangente que estabeleça normas para a produção de ovos faz com que sejam suspensos os referendos relacionados a galinhas poedeiras que a HSUS planejava para os estados de Washington e Oregon.
HSI Brasil

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Aprenda a Criar codornas

- Vacinação. As codornas devem ser vacinadas contra as doenças de Newcastle e Coriza, por se constituírem naquelas de maior importância econômica.
* Vacinação de Newcastle:
- 1ª dose. Aos 21 dias de idade, vacina vírus vivo, amostra La Sota - via ocular, instilando-se uma gota de vacina no olho.
- 2ª dose. Aos 45 dias de idade, vacina vírus morto, oleosa -via injetável, no músculo do peito, ou subcutânea, na dose de 0,5ml (meio mililitro).
* Vacinação de Coriza Infecciosa:
- 1ª dose. Aos 28 dias de idade, vacina amostra morta, a absorvida em hidróxido de alumínio - via injetável, no músculo do peito ou subcutânea, na dose de 0,5ml.
- 2ª dose. Aos 45 dias de idade, vacina amostra morta, emulsão oleosa - via injetável, no músculo do peito ou subcutânea, na dose de 0,5ml.
- Vermifugação . Aos 30 dias de idade, vermifugar as aves, através da ração, com drogas à base de mebendazole. Repetir a medicação 3 semanas após. A dosagem deverá ser o dobro daquela recomendada a galinhas.

2) as vacinas custam em media de R$15 a R$52,24 da para cobrir 50 codornas.

3) Eu tenho 50 codornas, em cada gaiola com 10codornas e por dia elas poem 1 ovo cada, tem que ser com bastante ração e agua a vontade, e for pessoa de olho grande elas poem a noite ficando com luzes acezas( mas sendo prejudicial as codornas)

4) eu uso a NUTRICODORNA da NUTRIAVE, lembrando que começando com um tipo de ração não pode mudar sempre a mesma. O pacote custa R$ 10,15

5)Existe um outro tipo de codorna pouco conhecida: a codorna albina, totalmente branca com um detalhe amarronzado na nuca. Coturnix coturnix são ascodornas cinza e grafites a que tenho

6)A criação pode ser iniciada com apenas 100 aves, para o consumo familiar. "Com mil ou duas mil aves, a lucratividade é pequena, mas é um bom número para começar e é a quantidade recomendada para uma pequena granja. Neste caso, é aconselhável formar uma pequena clientela na região antes de comprar as aves, para não haver encalhe dos ovos.Uma grande curiosidade da coturnicultura está na abrangência de fatores que podem ser comercializados, um exemplo, é a venda de esterco de aves. "Nós aproveitamos, principalmente, o esterco. Primeiro: para proteger o meio ambiente e, em segundo; para gerar recurso para a granja. Em grande parte ele é destinado para os produtores de hortaliças e verduras, pois é um dos melhores adubos orgânicos e tem grande aceitação no mercado",


Mercado
A criação de codornas (coturnicultura) tem apresentado um desenvolvimento bastante acentuado nos últimos tempos. Os principais fatores que contribuem para isso são: o excepcional sabor exótico de sua carne, responsável por iguarias finas e sofisticadas; o baixo custo para implantar uma pequena criação, podendo se tornar uma fonte de renda complementar dos pequenos produtores rurais. Do lado técnico-econômico, torna-se ainda mais atrativa, ao verificar-se o rápido crescimento e atingimento da idade de postura, a elevada prolificidade e o pequeno consumo de ração.

Vantagens da criação de codornas
Este tipo de criação apresenta algumas vantagens, tais como:
- Rápido crescimento;
- Precocidade sexual;
- Alta postura;
- Elevada rusticidade;
- Baixo consumo alimentar.

A criação
A criação de codornas pode ser em dois níveis, que são:
- Criação Doméstica: É aquela feita em residências ou em apartamentos, não exige um rigor técnico acentuado, porém, são necessários alguns cuidados básicos, como por exemplo com os dejetos.
- Criação Comercial: É aquela feita em grande escala, onde o objetivo do criador será a comercilaização do produto final.

A implantação
No momento da implantação da criação deve-se dar atenção a alguns fatores importantes, que são a:
- Localização: É de fundamental importância, já que se devem ser respeitadas as condições de conforto exigidas pelas aves;
- Temperatura: A temperatura ideal deve estar entre 20 e 23ºC;
- Luminosidade: Este fator é o responsável pela postura, no caso da criação comercial, recomenda-se 18 horas de luz entre natural e artificial;
- Água: Responsável pelo metabolismo da ave, como também pela desinfecção das instalações. Ter uma água de boa qualidade é fundamental;
- Circulação de ar: Ter um ar que possa ser renovável é muito importante, visto que, isto possibilitará a eliminação do excesso de umidade do ambiente, do calor e dos gases formados pelo metabolismo da ave.

Estrutura
A estrutura básica deve contar com uma boa disponíbilidade de área, água, além é claro de um clima favorável, lembrando que estes requisitos são indicados para o empreendedor que deseja ter uma criação comercial.

Instalações e Equipamentos
Irão variar de acordo com o tipo de criação, ou seja, doméstica ou comercial, porém, se torna válido citar alguns tipos de instalações e equipamentos:
- Galpões Fechados (laterais). Apresenta um alto custo, além do que não podem ser muito grandes e largos, pois dificultam a circulação de ar, recomenda-se que se tenha várias janelas.
- Galpões Abertos (laterais). Apresentam maior economia quando implantados em regiões de alta temperatura, porém, deve-se contralar a temperatura durante o inverno. Este tipo de instalação exige telas nas laterais, a fim de evitar a fuga das aves e impedir a entrada de predadores.
- Telhados. Influência na temperatura interna do galpão, as telhas de barro oferecem maior conforto térmico, porém, exigem maior gasto com madeiramento, por outro lado, as telhas de cimento amianto são de custo mais baixo, porém, aumentam a temperatura interna.
- Piso. Pode ser de cimento rústico ou outro material, deve apresentar uma pequena declividade.
- Gaiolas de Postura. Possibilita um melhor controle produtivo das aves, recomenda-se as gaiolas de arame galvanizado, são padronizadas nas medidas 100cm X 30cm (comporta 30 aves) ou 100cm X 40cm (comporta 40 aves), com duas ou três repartições. Pode-se utilizar gaiolas de madeira (com fundo de arame), tem como vantagem o baixo custo.
- Gaiolas de Recria. São utilizadas na fase intermediária de crescimento. As aves são alojadas com 15 dias de vida e saem quando atingem os 35 dias.
- Gaiolas para Codornas de Corte. São de tamanho 100cm X 40cm.
- Bebedouro. O mais comum é o do tipo nipple, pois possibilita obter melhor qualidade da água, economia na sua administração e maior controle nos medicamentos.
- Comedouros. Geralmente vem junto com a gaiola.

Investimento e Pessoal
Irão variar de acordo com o tipo de criação e estrutura a ser adotada.

Os Sistemas de Criação
Existem três tipos:
- Criação Sobre Camas. É o de menor tecnologia, consiste basicamente em criar as aves sobre um material absorvente, denominado cama, geralmente de sabugo de milho picado, casca de arroz ou aparas de madeira.
- Criação em Gaiolas no Sistema de Baterias. Muito utilizado na fase de crescimento (15 a 35 dias) e na fase de postura. Este nome bateria é dado devido ao conjunto de 4 ou 5 gaiolas, uma sobre a outra, com espaçamento de 15cm.
- Criação em Gaiolas no Sistema escada. É o sistema mais moderno de criação, consiste no uso de gaiolas de arame galvanizado, idênticas as utilizadas no sisitema de baterias, fixadas de maneira a dar a impressão de uma escada. Apresenta como desvantagem o seu alto custo.

Alimentação
É constituída basicamente da:
- Ração. Há no mercado rações fareladas de uso exclusivo de codornas, pintinho de codorna. Após a eclosão, deve ser mantido em jejum durante 24 horas. A partir deste período receberá ração à vontade. Esta ração contendo 26% de proteína bruta deverá ser oferecida à ave até a idade de 45 dias, quando é levada ao abate ou para a produção de ovos. O consumo estimado no período é de 500 gramas por aves. A partir de 45 dias, as fêmeas receberão a ração de postura com cerca de 23% de proteína bruta. Devem ser oferecidos, diariamente, entre 30 a 35 gramas desta ração por ave.
A ração deve ser armazenada em local seco e fresco, não ter contato direto da embalagem com o piso e não ser guardada por período superior a 30 dias. Deve-se evitar, ainda, que seja atacada por roedores.
- Água. A água deve ser potável e sempre à vontade.
Boa Sorte..................

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ovos galados de codorna Boby White

Ovos Galados De Codorna Americana Bobwhite

Preço:
R$ 700
Condição:
Produto novo
Localização:
minas gerais (montes claros)
Vendidos:
28 vendidos Ver qualificações
Facebook Twitter Mail Fazer uma pergunta
Reputação do vendedor
Reputação:
3/5
Meios de pagamento
•Em dinheiro
•visa_white amex_bluebox master aura diners hipercard bobradesco itau bancodobrasil bradesco
•Sua compra está protegida Ver regras
Formas de envio
•A combinar com o vendedor
Descrição Qualificações de compradores MercadoLivre não vende este item e não participa em qualquer negociação, venda ou operações. Apenas limita-se a publicar anúncios de seus usuários.


OVOS GALADOS DE CODORNA AMERICANA BOBWHITE




R$ 80,00 A D�ZIA

ATEN��O: LEIA TODO O AN�NCIO ANTES DE COMPRAR!

Temos ovos galados de codornas americanas, aves provenientes de cria��o especializada. Matrizes selecionadas para postura e incuba��o dos ovos. As codornas americanas s�o aves extremamente f�ceis de criar, os machos t�m um canto muito harm�nico e belo. Requerem poucos cuidados e consomem menos ra��o que qualquer outra esp�cie de codorna. Enviamos para qualquer lugar do Brasil por sedex.Somente ovos de aves de excelente gen�tica. Consulte o valor do seu envio informando seu cep e a quantidade desejada.

A taxa de eclos�o dos ovos pode chegar a superar os 90%, contudo n�o podemos dar garantia da mesma, pois v�rios fatores de responsabilidade do cliente como correta incuba��o n�o possibilitam dar garantia ou repor ovos.

Frete a calcular + R$ 6,00 da embalagem.
Fornecemos embalagem organizada para garantir o envio seguro.

Trabalhamos com pagamento na Caixa Econ�mica ou Lot�ricas.

Fique � vontade para esclarecimentos no campo de perguntas.

S� REALIZE A COMPRA SE HOUVER REAL INTERESSE EM ADQUIRIR O PRODUTO. CONTATO APENAS POR E-MAIL.

OBRIGADO E BOAS COMPRAS...

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-191448093-ovos-galados-de-codorna-americana-bobwhite-_JM

Como administrar o Tylan em aves


Tylan 200 Pó Solúvel


Indicado para tratamento de doenças respiratórias crônicas - DRC
Indicações:

Como prevenção e coadjuvante no tratamento da doença respiratória e da aerosaculite em aves.



Composição:

Tartarato de tilosina.



Modo de usar:

Como medicação terapêutica: em surtos de doenças respiratórias, dissolver 2 gramas de Tylan solúvel em 4 litro de água e administrar durante 3 dias, dependendo da gravidade da infecção.

Se dentro de 5 dias não for notada nenhuma melhora nos pássaros, o diagnóstico deverá ser reconfirmado.

Como medicação preventiva: tratar nos primeiros 3 dias de vida. Repetir o tratamento durante 24 horas nas 3a ou 4a, 8a , 16a e 20a semanas de idade. Dosagem: 2 gramas por 4 litros de água.

Instruções para preparação: sempre adicionar água ao pó e não colocar o pó na água. Preparar uma solução nova de Tylan a cada 3 dias.

Renovar a água medicamentosa nos bebedouros diariamente.



Fonte do medicamento: O Criador de Bicudos e Curiós - Fernando F. M. Andrade e Amimais de Estimação - Pássaros - JBIG

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CONTROLE DE PIOLHOS EM GALINHAS POEDEIRAS

PIOLHOS EM AVES POEDEIRAS
São insetos ectoparasitos de aves e mamíferos, vivendo apenas no corpo
destes animais, pois fora deles apresentam pouco tempo de vida, como 7-15
dias. São pequenos, (menos de 1 cm), corpo deprimido (achatado dorsoventralmente),
cabeça mais larga que o tórax, armadura bucal mastigadora,
sem asas, pernas curtas, achatadas; as do primeiro par voltadas para frente e
destinadas a levar o alimento à boca, pois é desta forma que eles se
alimentam.
( Menopon gallinae, fêmea )
Os piolhos que mais ocorrem em aves poedeiras industriais são: Menopon
gallinae, cuja figura estamos representando. Demais infestações são realizadas
pelos Liperus caponis (principalmente sobre as penas das asas), Cuclotogaster
heterographus (preferencialmente na cabeça e pescoço), Gonicotes gallinae
(muito pequeno, na penugem), Goniodes gigas (o piolho gigante das galinhas),
Goniodes dissimilis (piolho marrom das galinhas), Menacanthus cornutus
(piolho do corpo), M. pallidulus (o pequeno piolho do corpo), ou Oxylipeurus
dentatus.
QUADRO CLÍNICO E PATOGENIA
Debilidade e má aparência em decorrência da irritação que os malófagos
causam as aves parasitadas. As aves parasitadas apresentam-se inquietas,
não se alimentam e nem repousam adequadamente. Coçam-se com as patas e
o bico; roçam-se em objetos sólidos com o intuito de se livrarem dos parasitos.
Como conseqüência dessa atitude, surgem áreas desprovidas de penas e com
lesões na pele. Com isto a grande conseqüência da infestação por estes
piolhos é que ocorre diminuição da postura em aves .
A espantosa atividade dos malófagos, aliada ao seu modo de alimentação
(escamas cutâneas, secreções, restos de penas e pêlos) atingindo às vezes
até a pele, são responsáveis por um prurido intenso. Os animais parasitados –
coçam-se, picam-se, mutilam-se e esfregam-se em objetos, provocando
escarificações da pele que constituem a entrada para invasão bacteriana e
conseqüentes infecções secundárias.
DIAGNÓSTICO
Clínico: pelos sinais da presença do parasito, comportamento das aves e
lesões em derme.
Laboratorial: a maioria das espécies pode ser observada facilmente pelos seus
movimentos rápidos, bem como os seus ovos (lêndeas) aderidos às penas.
Convém usar lupa, de no mínimo um aumento de três vezes, para confirmação
da presença de malófagos e de seus ovos.
A captura é feita com uma pinça de pontas finas e a conservação é no álcool,
em pequenos vidros.
A montagem entre lâmina e lamínula é feita pelo método de Costa Lima para
identificação microscópica.
Para o diagnóstico veterinário é somente necessário o seu reconhecimento e
sua distinção dos anopluros.
TRATAMENTO PREVENTIVO: PROFILAXIA
Como os malófagos são ectoparasitos permanentes, isto é, o parasito
permanece no hospedeiro durante todas as fases do seu ciclo evolutivo, devese,
além de destruí-los no hospedeiro com banhos ou pulverizações
adequados, proceder a uma higiene e desinfecção das paredes dos estábulos
e jaulas. As camas e os ninhos devem ser incinerados.
As instalações devem ser teladas para evitar a presença de aves silvestres que
sempre re-introduzem os piolhos nos aviários.
TRATAMENTO COM FATORES HOMEOPÁTICOS
FATOR MALLO®: PRODUTO HOMEOPÁTICO PARA CONTROLE DE
PIOLHOS
ADMINISTRAÇÃO DO FATOR MALLO®
AVES:
ORAL: Administrar o FATOR MALLO® por via oral, misturado a ração ou água.
Dose recomendada:
0,2 g do produto /animal/ dia o que equivale a 2 Kg (1 pacote) do produto em
1.000 Kg de ração para um consumo de ração de 100 g/animal/dia.
Administrar 2 Kg do produto em 2.000 litros de água e fornecer aos animais.
Após a homogeneização na ração, o produto tem uma duração máxima de 6
(seis) meses.
Servir conforme o manejo para todas as aves, em todo o seu ciclo de vida.
TÓPICO: Colocar 2 Kg (1 pacote) do FATOR MALLO® em 20 (vinte) litros de
água e aspergir sobre os animais e instalações parasitados.
Usar costal sem uso de produtos químicos e repetir esta operação 3 (três) dias
consecutivos, posteriormente semanalmente. Cuide que as aves e as
instalações encontrem-se umedecidas pelo produto.
OBS.: QUANDO PREPARADO EM ÁGUA DEVE SER UTILIZADO EM 24
(VINTE E QUATRO) HORAS.
CONSERVAÇÃO DO FATOR MALLO®
Conservar o FATOR MALLO® à sombra, distante 5 metros de produtos
químicos e de radiações provocadas por aparelhos eletrônicos, em local fresco
e seco, ao abrigo da luz solar e fora do alcance das crianças e dos animais
domésticos.
Sugere-se que o FATOR MALLO® seja mantido no escritório ou onde se
guardam arreios, tratores, rações. Jamais com medicamentos, adubos ou
venenos.
Manter em temperatura ambiente.
O FATOR MALLO® possui validade de 2 (dois) anos a partir da data de
fabricação.
VANTAGEM DOS FATORES HOMEOPÁTICOS:
I-Ação rápida e eficiente
Existe uma falsa crença que sugere ser o medicamento homeopático de ação
lenta, razão pela qual o tempo de resposta do organismo para com o remédio
deixaria a desejar. Na verdade, esse é um preconceito gerado por uma
desinformação popular, que muitos contrários à homeopatia gostam de
divulgar.
Na realidade poderemos observar a redução da infestação por piolhos em 3
dias,e com 30 –60 dias teremos o aviário sob controle.Lembrando que
estaremos efetuando uma descontaminação ambiental, pois os piolhos se
alojam nas gaiolas e instalações e as aves silvestres diariamente re-introduzem
os piolhos no aviário.Desta forma o uso do FATOR MALLO ® é contínuo.
II-Homeopatia e patologias graves
Outro grande preconceito diz que devemos usar a Homeopatia em afecções
benignas, onde não existe risco de vida ou grandes prejuízos econômicos,
deixando a alopatia agir em patologias graves. Essa é mais uma avaliação sem
sentido já que a rapidez da resposta do organismo frente ao medicamento
homeopático em casos de patologias agudas pode retirar o animal do perigo
eminente em curto espaço de tempo e a eficiência desta ciência preconiza um
excelente custo-benefício.
III-Lucratividade na produção
A grande perda ocasionada pelos piolhos refere-se a redução da ovopostura e
redução atividades dos galos em granjas de matrizes,desta forma perde-se
duplamente, além da infecção secundária que estas aves apresentam na
derme.Em casos graves, esta infestação causa óbito,ampliando os prejuízos.
Agrava-se a isto a perda de ovos destinados a exportação, pela presença de
resíduos.Como a medicação homeopática é exclusividade energética, já que
não há matéria no medicamento, não existe o risco de animais medicados
transmitirem para o ovo e a carne os remédios ingeridos, ao contrário da
alopatia e seus inseticidas entre outros medicamentos.Desta forma o produtor
estará de acordo com a tendência mundial do controle de resíduos nos
alimentos.Sem determinar, é claro, efeito colateral às aves.
IV-Fácil administração e ingestão
Os fatores homeopáticos são palatáveis, sempre administrados por via oral,
logo, podem ser mescladas na ração ou via águas.
V-Controle de estresse
O controle do estresse representa a grande competência da homeopatia e
desta forma, temos uma ferramenta para o controle dos prejuízos dos
estresses causados pelos piolhos, que debilitam extraordinariamente as aves.
VI-Ação preventiva e curativa
Os fatores homeopáticos, comprovadamente, exercem a função de serem
medicamentos de ação curativa, assim como medicamentos de ação
preventiva. Desta forma, podemos utiliza-los no controle de prevenção de
infecções diversas, assim como tratamento preventivo e curativo de infestações
por piolhos.
VII-Sem resistência
O FATOR MALLO®, está sendo utilizado a 10 anos e não foi observado
resistência dos piolhos a este produto, no entanto a utilização é contínua, pela
contaminação ambiental causada por aves silvestres que continuamente
visitam os aviários.
X-Tendência irreversível
Os controles de resíduos, qualidade de vida das aves, e manejo integrado de
parasitos são temas cada vez mais introduzidos como conceitos e realidade na
prática da produção animal, e os fatores homeopáticos representam uma
ferramenta no auxílio desta tendência.
O grande avanço desta técnica é que, além de combater os piolhos com
medicamento livre de resíduos, ocorre uma interrupção no ciclo de vida
decorrente da proliferação do coleóptero predador dos piolhos, o besouro
“tesourinha”.Desta forma, temos as forças da natureza somando-se aos
Fatores Homeopáticos!

Oportunidades de Negócios

Investimento inicial baixo na criação de aves ornamentais atrai novos criadores


O investimento acessível é um dos principais motivadores para quem pretende iniciar uma criação de aves ornamentais como faisões, galinhas, marrecos, pavões, grows, gansos etc. Segundo empresários do ramo, com apenas R$ 500 é possível começar. Além das aves, o valor inclui a montagem do local onde os animais viverão. O espaço físico não precisa ser grande, apenas seis metros quadrados são suficientes. Normalmente, o sistema de criação é semi-aberto, com uma área coberta para proteção contra a chuva. Um dos principais cuidados diz respeito ao controle de umidade. O espaço tem que ser seco e com boa drenagem. O faturamento médio depende do tipo de ave que o criador escolher.

Enquanto um pombo pode custar apenas R$ 15, um cisne adulto (dois anos de vida) é vendido a R$ 2,5 mil. O gerente de Pequenas Criações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), José Henrique Moraes, reforça que a procura por esses animais está crescendo.

Os principais consumidores são donos de propriedades rurais que escolhem as aves para enfeitá-las. Crianças também representam um público fiel. No estado do Rio, o município de Itaboraí e região forma um importante pólo. Existem no local 16 avicultores, que estão se unindo para formar uma associação. Juntos, esses criadores chegam a comercializar de 500 a mil aves por mês.

Especialistas apontam o Sul do País como um dos pólos mais importantes. Em terras fluminenses, José Renato Corrêa, proprietário do Sítio Engenho Novo, em Itaboraí, começou sua criação há 15 anos. Um dos pré-requisitos é gostar das aves. "Normalmente as pessoas iniciam as criações porque se identificam com uma determinada ave. Grande parte dos criadores não busca o lucro, são impulsionados pelo hobbie", comenta Corrêa, que tem formação em engenharia elétrica. Na propriedade, existem 132 tipos diferentes de aves, sendo 60 só de galinhas.

Demanda pelos animais aumenta na Primavera

Corrêa explica que entre maio e setembro, as aves chamam mais a atenção dos compradores, por estarem com as penas renovadas. "As aves se preparam para a Primavera. Nesta época, a procura costuma ser maior que a oferta", reforça o empresário, lembrando que o perfil dos compradores é de pessoas de classe A, donos de sítios ou terrenos em áreas rurais. "Com a violência das grandes cidades, os sítios têm servido como refúgio. Nesses locais, a presença de aves ornamentais como faisões e galinhas deixa o ambiente mais agradável", completa.

Itens importantes devem ser levados em consideração ao iniciar o negócio. Corrêa esclarece que o primeiro cuidado é adquirir as aves de criadores idôneos. O controle de umidade é outro ponto crucial. As aves devem ser colocadas em locais secos, longe de correntes de vento. Para que o criadouro não acumule água, o ideal é colocar areia no chão. É importante desinfetar rigorosamente as instalações e equipamentos, além de trocar as camas dos abrigos periodicamente. Os animais precisam ser alimentados adequadamente com ração balanceada e verde à vontade. Evitar circulação de pessoas estranhas e presença de aves selvagens também são duas ações relevantes.

Para combater parasitas como piolhos, carrapatos e sarnas, deve-se desinfetar rigorosamente as instalações e equipamentos. "Não pode haver excesso de umidade e os abrigos não devem estar superlotados. Os criadores precisam estar atentos em relação à contaminação de água e alimentos", alerta o criador, completando que a realização periódica de exames de fezes e o uso de vermífugos específicos, de acordo com orientação de um médico veterinário, são duas ações importantes. No Engenho Novo, as galinhas estão entre os animais que mais chamam a atenção dos compradores. As raças Brahma (nas cores azul, branca e preta) e Conchichina são as mais requisitadas. O casal sai a R$ 80. Os marrecos das raças Mandarim e Carolina não ficam atrás.

Galinhas, galos, pombos, marrecos e pavões podem ser criados em uma área de seis metros quadrados. Grows (de origem africana) e cisnes precisam, de pelo menos, 100 metros quadrados para reprodução. Recomenda-se começar com apenas uma espécie. O pontapé inicial pode ser dado com 20 galinhas (um galo para cada três fêmeas), dois casais de faisões, dez casais de pombos, um casal de pavões, três casais de marrecos.

Para os gansos, é importante haver um lago. Em se tratando de grows, a existência de uma área de brejo, onde o animal possa se alimentar de microorganismos, é fundamental. O criador precisa estar atento ao fato de que o retorno do investimento ocorre a médio prazo.

Na criação de galinhas, tempo de retorno chega a cinco meses. Cada pintinho pode ser vendido a R$ 10. Já os pombos reproduzem-se dentro de quatro meses. No caso dos faisões, um ano é o tempo mínimo. Marrecos e pavões podem ser comercializados satisfatoriamente depois de dois anos do início da criação.

Em se tratando de alimentação, as aves consomem de 40 a 120 gramas de ração por dia. Um casal de galinha e galo pode custar R$ 80. No sítio Engenho Novo, o preço do casal de faisões varia de R$ 40 a R$ 800, mas existem espécies que podem sair a R$ 6 mil, segundo Corrêa. Quem quiser comprar um casal de pavões gastará entre R$ 200 e R$ 350. Um cisne maduro (com dois anos de idade) pode custar R$ 2,5 mil. Já um grow custa cerca de R$ 6 mil.

Além do Rio de Janeiro, a região metropolitana de São Paulo também desponta como um importante pólo de criação de aves ornamentais. A Chácara Recanto da Serrinha, em São Bernardo do Campo, destaca-se na criação de galinhas, marrecos, perus e gansos. No entorno existem mais 12 criadores, membros da Associação Brasileira de Aves Domésticas e Exóticas (Abrade). Grande parte deles cria faisões e pavões, que geram um faturamento mais expressivo.

Procuramos unir forças com outros criadores de aves de raça pura, buscando sempre a melhoria dos plantéis de pequenos criadores que, com podem ter uma criação mais rentável ao usarem raças puras nos cruzamentos comenta Armando Sobral Júnior, no ramo desde 2001.

Armando vende cerca de 60 animais por mês, ao custo de R$ 70 (adultos). A área destinada à criação é de 3 mil metros quadrados e apenas um empregado fica responsável pela limpeza e alimentação. Funcionário público federal, Armando diz que entrou para o ramo por acaso. "Para mim, a atividade é uma fuga, é algo muito prazeroso", completa o empresário, que nasceu no Rio, mas mora na capital paulista há 30 anos.

Raio X

Negócio: criação de aves ornamentais

Investimento inicial: R$ 500 (o valor inclui as aves e as instalações)

Margem de lucro: 100% sobre o faturamento bruto

Faturamento médio mensal: depende do tipo de ave comercializada.

Área: seis metros quadrados

Funcionários: 1 (para fazer a limpeza e higienizar o ambiente)

Risco: baixo. Segundo Thaís Helena de Lima Nunes, do Sebrae/RJ, o investimento é baixo e o negócio permite a exploração de diversas atividades.

Serviço

Chácara Recanto da Serrinha, 0xx-11-8383-9953

Fazenda Avenorte, 0xx-91-3246-8231

Rancho Santa Bárbara, 0xx-21-2736-6290

Sítio Engenho Novo, 0xx-21-2736-2017

Sebrae/RJ, 0800-78-2020

Emater-Rio, 0xx-21-2625-6060

Galinhas exóticas atraem compradores

Muita gente não sabe, mas existem dezenas de espécies de galinhas e galos bem diferentes dos convencionais. Coloridos e com postura elegante, os animais das raças Orpington e Brahma vêm sendo bastante requisitados pelos compradores que desejam enfeitar suas residências. O criador Paulo Braga, do Rancho Santa Bárbara, Itaboraí, optou pela Orpington há três anos. Desenvolvida na Inglaterra nos anos 1880, a raça tem exemplares nas cores preta, branca, amarela e azul. Quando adultos, chegam a pesar entre quatro e seis quilos, valores considerados altos se comparados aos pesos das aves vendidas para o abate. A fêmea põe 180 ovos por ano.

A Orpington é uma ave extremamente dócil, meiga, e pode ficar solta no quintal sem problema resume o empresário, que vende uma ave macho (adulto) por R$ 70. Normalmente, a fêmea custa 15% mais. A finalidade da compra, conforme explica Braga, não é apenas ornamentar o quintal. Muitos compradores têm como objetivo melhorar geneticamente suas criações, adquirindo os galos Orpington para cruzar com galinhas de menor porte. Num espaço de 10 mil metros quadrados, os bichos são criados soltos. O criador vende uma média de 200 animais por mês.

Para a consultora do Sebrae/RJ, Thaís Helena de Lima Nunes, o risco do negócio é baixo, devido ao valor acessível do investimento inicial. Ainda assim, é preciso atentar que o retorno pode não acontecer a curto prazo, devido ao tempo que o animal leva para se reproduzir. Além da venda para finalidades de ornamentação de espaços físicos, os empreendedores do ramo podem explorar outras opções, como venda de penas para fantasias ou a comercialização de carnes para restaurantes gourmets. Uma outra opção é montar um mini-zoológico para crianças de classe média. No Rio, áreas da zona Oeste são adequadas. Recreio dos Bandeirantes, Santa Cruz e Vargem Grande seriam boas alternativas.

Morador da cidade de Benevides, a 30 quilômetros de Belém do Pará, o analista de sistemas Sávio Fonseca Rodrigues é mais um que começou na atividade por hobbie. Proprietário da Fazenda Avenorte, ele se dedica, desde 1986, à criação de galinhas exóticas de 40 raças, entre elas Brahma e Orpington, apelidadas por ele de "galinhas gigantes". "Adquirimos exemplares de criadores em todo o Brasil, procurando sempre melhorar a qualidade de nossas aves", reforça o criador.



Autor: Jornal do Commércio

CRIAÇÃO DE SABIÁ-LARANJEIRA

NOME - Sabiá laranjeira
NOME CIENTÍFICO - Turdus rufiventris


NOME EM INGLÊS: Rufous-bellied Thrush


OUTROS NOMES: sabiá peito-roxo, sabiá gongá, sabiá vermelha, e sabiá amarelo.
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Turdidae


LOCALIZAÇÃO: Estado litorâneos, Mato Groso (ambos) e Goiás. Sua distribuição ocorre em quase todo o território brasileiro à exceção da floresta amazônica.


TAMANHO: cerca de 25 cm


LONGEVIDADE: em torno de 30 anos


Nº DE FILHOTES: número de ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3. Cada fêmea choca 3 vezes por ano, podendo tirar até 6 filhotes por temporada.
TEMPO DO CHOCO: O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias.

Vamos falar sobre a criação de sabiás. Embora haja inúmeras outras formas, vamos nos restringir à espécie que consideramos a mais popular e a mais cultivada pelos passarinheiros, o sabiá laranjeira (Turdus rufiventris).

Conhecido também como sabiá peito-roxo, sabiá gongá, sabiá vermelha, e sabiá amarelo. O macho pode ser o sabiá ou a sabiá, tanto faz. Sem dúvida, são dos melhores cantores que existem em todo o mundo. Foi motivo - com muito merecimento - de inspiração para renomados poetas elaborarem seus famosos versos, como escreve Gonçalves Dias "minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá - as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá" e nosso poeta e músico maior, Chico Buarque "vou voltar para o meu lugar - e é lá - que eu hei de ouvir cantar - uma sabiá"

São belos pássaros de médio tamanho cerca de 25 cm e por isso precisam de gaiolas e viveiros adequados para poderem sobreviver com plena saúde. A grande maioria dos passarinheiros que os mantém não costumam levá-los para passear como os bicudos, coleiros e curiós.

O sabiá tem muita dificuldade em adaptar-se em ambientes estranhos, não se acostuma facilmente com objetos diferentes, a gaiola é muito grande e por isso é desaconselhável retirá-lo de locais daonde está ambientado. Além do que, uma vez assustado bate a cabeça nas hastes e nos ponteiros das gaiolas e chega a se ferir gravemente e cada vez com mais intensidade, e se matar se não for socorrido em tempo. Para evitar isso, é bom que se coloque uma proteção de pano ou papel nos lados da gaiola para que ele se acomode melhor.

Não há torneio de canto para esses pássaros, na realidade ficam restritos a conviver na residência dos mantenedores. Muita pessoas - 20% dos lares brasileiros tem aves - querem tê-los perto de si e escutar o seu canto mavioso, é proibido capturar na natureza, então procriá-los em larga escala é única solução para atender a demanda. Temos que ser realistas e deixar de poesia, produzir domesticamente pássaros não é falar ou dizer é praticar efetivamente a preservação. Nada como ter-se o prazer de criar uma vida nova e é uma obrigação que temos, a de preservar de todas as formas possíveis os nossos pássaros nativos, os nossos pássaros autenticamente brasileiros.

Se forem pássaros mansos e acomodados, especialmente a fêmea, reproduzem com muita facilidade em ambientes domésticos, dessa forma poderemos conseguir preservar os dialetos de canto de mais qualidade, esse é o principal estímulo.

A Portaria 118 do IBAMA, está aí para possibilitar criadouros comerciais e incrementar a reprodução doméstica, ganhar dinheiro de uma forma gratificante e fazer o que gosta, como é bom. Nos dias de hoje, para nossa sorte e surpresa a população da sabiá laranjeira - à medida da cessação/diminuição da caça predatória - tem aumentado muito, especialmente nas grandes cidades. A degradação das densas florestas, por incrível que pareça, tem favorecido a reprodução na natureza dos sabiás laranjeiras que apreciam florestas ralas e esparsadas.

Podemos vê-los, em densas populações nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Curitiba, Campo Grande, Cuiabá, Porto Alegre, Rio de Janeiro, talvez pela falta de inimigos naturais ou muitas árvores frutíferas nos quintais. Nesses locais, infelizmente, os respectivos cantos são de péssima qualidade. Sua distribuição ocorre em quase todo o território brasileiro à exceção da floresta amazônica.

A coloração de suas costas é cinza-escuro, peito esbranquiçado, gola raiada de tons preto e branco e abdome vermelho alaranjado que pode mudar de tom conforme a região, a do nordeste brasileiro é bem mais claro, bem mais amarelado. Não há disformismo sexual, a fêmea é exatamente igual ao macho, não se consegue separar um do outro, facilmente. Na natureza, procria entre os meses de setembro e janeiro. Preferem as beiradas de matas, pomares, capoeiras, beiras de serras e estradas, praças e quintais, sempre por perto de água abundante. É um pássaro territorialista, e demarca uma área geográfica quando está em processo de reprodução e não aceita a presença de outras aves da espécie, a fêmea também é muito valente. Ao iniciarem-se as chuvas ao final do mês de agosto, cantam muito para estimular suas fêmeas e fixarem sua morada, notadamente ao amanhecer e ao entardecer.

Quando não estão em processo do choco ou na fase do fogo e que a libido está em alta, quase não cantam e podem ser vistos agrupados, especialmente no chão a comerem frutos e insetos. Consomem quase todas as frutas de pomares com preferência para o mamão e abacate e de árvores silvestres abundantes em nosso País. Apreciam também pimenta, amora, mariana e alguns legumes. Seu canto é longo e melodioso assemelhado ao som de uma flauta e dependendo do local pode-se escutá-lo a mais de um quilômetro de distância. Alguns repetem o canto e chegam a passar até dois minutos emitindo-o, sem parar.

A frase musical de qualidade varia de 10 a 15 notas, sendo que ele costuma variar a seqüência das notas modificando-as para dar maior beleza ao canto, inserindo inclusive os curiangos "krom-krom" ou os joão-de-barro "quel-quel-quel".

Uma maravilha da natureza, uma sinfonia, o canto do sabiá laranjeira. Existe uma infinidade de dialetos, cada região possui o seu próprio. A maioria são lindíssimos, os mais importantes são: o "cai-cai-balão", o camboriú, o "to-to-ito" e o "piedade". Este último é o mais solicitado de todos, oriundo de Minas Gerais na região de Carmo do Paranaíba, Patrocínio e Patos de Minas. Nesse canto, o sabiá diz claramente: piedade-sinhô/piedade/tendó-de-nós/piedade/sinhô..... Muitos criadores estão procurando conservar este canto e a tendência, quem sabe, é considerá-lo futuramente como padrão. Existe também o canto "trinta e oito", de frase curta e muito repetitivo são poucos os que gostam dele, muito comum, porém, no Estado do Rio de Janeiro.

Toda sabiá laranjeira emite ainda os cantos:

a) peruzinho, em volume baixo quando está com raiva, assim: siri-fririri-serere-siriri-friri-sriri.... às vezes dura mais de dois minutos, estufa-se toda, vira uma bola, pula de um lado para outro e o emite para mostrar sua valentia ao rival e se for o caso partir para vias de fato ;
b) a castanhola, assemelhado a um tá-tá-tá-tá, também é um canto provocativo;
c) a corrida, em um volume alto, muito emitida no início do acasalamento - serve para marcar o território e desafiar pretensos rivais - seria um til-til-til-til-til-til bem forte. E o miado, o macho diz muito claro, parecendo um gato, "minhau" "minhau" várias vezes, é o sinal de sua presença para a fêmea.

Tem-se que ter muito cuidado, no entanto, para ensinar canto aos filhotes, senão ele aprende a chamar cachorro e repetirá "tui-tui-tui-tui-tui......."- sem parar, é horrível escutar este tipo de canto. O sabiá é uma ave longeva, vive até trinta anos, dependendo de sua saúde e do trato que se lhe dispensa, há registro de um que viveu 32 anos.

A alimentação básica deve ser de ração, complemente com frutas como maçã, pera, banana prata/marmelo verdoengas e abacate pouco amadurecido. É salutar que de disponibilize, também, farinhada tipo broa com ovo e adicionando Mold-Zap® à base de 1 gr. por quilo. Três dias por semana administrar polivitamínico tipo Orosol®, Rovisol® ou Protovit®, este à base de 2 gotas para 50ml d'água. Já sua alimentação especial para a fase de reprodução deverá ser a seguinte: quando houver filhotes no ninho, em uma vasilha separada, colocar 3 vezes ao dia, farinhada assim preparada: 5 partes de milharina, 1 parte de farelo de soja torrado,/ 1 parte de germe de trigo, / premix F1 da Nutrivet® (4 colheres de sopa para 1 quilo), / sal 2 gr. por quilo, / Mold-Zap® 1 gr. por quilo, / Mycosorb® 2 gr. por quilo. Após tudo isso estar muito bem misturado, coloque na hora de servir, para duas colheres dessa farinhada, uma gema de ovo cozido e uma colher cheia de "aminosol®".

Dar-se larvas, utilizando a chamada Tenébrio molitor, oferecer até o filhote sair do ninho, à base de 5 de manhã e 5 à tarde para cada filhote. Excelente também a utilização de minhocas, dessas da califórnia e de fácil criação. Muito importante, oferecer-se o Calcigenol 3 gotas junto com 5 de Aminosol em 50 ml para a fêmea enquanto os filhotes estiverem no ninho. Outra questão relevante diz respeito ao lugar adequado para que eles possam exercer a procriação. Esse local deve ser claro mas com setor bem sombreado, arejado e sem correntes de vento. A temperatura ideal deve ficar na faixa de 25 a 30 graus Celsius e umidade relativa entre 40 e 60%.

O sabiá não gosta de muito sol direto, por isso deve-se ter muito cuidado com o calor excessivo que pode ser fatal. A época para a reprodução no Centro Sul do Brasil é de setembro a fevereiro, coincidente com o período chuvoso e com a choca na natureza. Pode-se criá-los em viveiros, grandes ou pequenos, todavia, não o aconselhamos. O manejo é difícil e controle do ambiente impossível, ali os filhotes costumam cair do ninho e morrem. Nunca coloque outros pássaros juntos com eles, são super agressivos e costumam matar sem piedade, sem dó qualquer outro pássaro, ainda mais se estiverem em processo de reprodução. Para quem optar por utilizar gaiolas - que tem a relação custo/benefício menor - elas devem ser de puro arame, com medida de 1m comprimento X 40cm largura X50 cm altura, com quatro portas na frente, comedouros pelo lado de fora para dentro da gaiola, e com um passador lateral.

A do macho pode ser a metade disso. No fundo, ou bandeja da gaiola, colocar papel, tipo jornal, para ser retirado todos os dias logo que a fêmea tomar banho, momento que se deve retirar a banheira para colocá-la no outro dia bem cedo. Entretanto, da época da reprodução, coloca-se uma vasilha com terra molhada bem limpa misturada com raiz de capim de 12 cm., deixar a banheira, também, com água sempre à disposição para que ela se molhe na água e depois utilizar a terra molhada para fazer o ninho com barro e raízes que lhe estão disponibilizadas.

Coloque vasos limpos e desinfetados de xaxim tamanho médio e certamente ela utilizará esse recipiente para fazer o ninho, tipo taça. Assim que ela botar os ovos, depois de dois dias que estiver deitada sobre eles, observe se o ninho não estiver bem feito - é comum que fique pontiagudo e cheio de ferpas, o que poderá ferir os filhotes -, nesse caso, arranje desses ninhos de belga dos grandes 14/15 cm de diâmetro (canários franceses ondulados) para colocar e proteger melhor os ovos, e tornar o ninho macio ela gostará e aceitará tranqüilamente. O número de ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3. Cada fêmea choca 3 vezes por ano, podendo tirar até 6 filhotes por temporada.

As sabiás fêmeas podem ficar bem próximas umas das outras separadas por uma divisão de tábua ou plástico, mas não podem se ver, de forma alguma. Senão, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer. No manuseio do macho, o melhor, é colocá-lo para galar e imediatamente afastá-lo da fêmea. O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Com 9 meses, já poderão procriar. As anilhas serão colocadas do 7O ao 10º dia, com 4,5 mm de diâmetro - bitola 7 a ser adquirida do Clube onde seja sócio. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de mãe quando estão no ninho. Fundamental, porém, é que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactérias são os maiores inimigos da criação, e têm as suas ocorrências inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro. Armazenar os alimentos fora da umidade e não levar aves estranhas para o criadouro antes de se fazer a quarentena, são cuidados indispensáveis.

A título de informação para reproduzir o sabiá bahiano (Turdus fumigatus) e o sabiá coleira (Turdus albicollis) os procedimentos são praticamente idênticos. Outra questão a mais importante na criação doméstica é que podemos produzir os cantos, isto é, escolher um determinado dialeto e encartá-lo nos filhotes nascidos, dando mais qualidade aos nascituros, aí é que está o segredo do sucesso. Isso é que nos anima. Muitos quererão possuir um pássaro diferenciado e que cante o seu dialeto preferido.